Justiça da Espanha arquiva processo sobre cantos racistas a Vinicius Jr.: 'Máxima rivalidade'
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Nesta sexta-feira, 2, o Ministério Público da Espanha arquivou o caso que investiga cantos racistas proferidos pela torcida do Atlético de Madrid contra o jogador brasileiro Vinicius Jr, segundo informações do jornal espanhol “Marca”.
O caso ocorreu em setembro, quando o atleta foi ofendido por torcedores rivais e também por Pedro Bravo, presidente da Associação de Agentes Espanhóis.
A Justiça classificou as atitudes como “desagradáveis e desrespeitosas” e que os cantos foram “proferidos durante partida de máxima rivalidade”. Além disso, o Ministério Público acrescentou que o ato "durou apenas alguns segundos", sendo assim, não teria conferido nenhum delito.
Dois meses depois do ocorrido, a promotoria espanhola também afirmou que não há uma ação específica a ser analisada, nem mesmo a determinada pessoa e que, dentro do contexto, as atitudes não podem ser imputadas.
O caso
A emissora espanhola “Gol Television” flagrou ofensas a Vinicius Junior durante o clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid. Na vitória do Real por 2 a 1 no estádio do rival, o brasileiro ouviu a expressão “macaco de m…” vindo das arquibancadas.
Antes do jogo, durante o programa tradicional local "Chiringuito", o jogador também foi alvo de comentários racistas por Pedro Bravo:
Tem que respeitar o adversário. E quando você marca um gol em seu adversário, se quiser sambar, vá para o Sambódromo, no Brasil. Aqui, o que você tem que fazer é respeitar seus companheiros de profissão e deixar de brincar de macaco. Tem que respeitar".
Em um vídeo postado nas redes sociais, Vinicius Jr declarou:
Fui vítima de xenofobia e racismo numa só declaração, mas nada disso começou ontem".