Lewis Hamilton fala sofre racismo na infância: 'Traumatizante'
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O heptacampeão de Fórmula 1, Lewis Hamilton, fez uma declaração no podcast "On Purpose" nesta terça-feira, 24, sobre os ataques racistas sofridos por ele durante sua infância e o período escolar. O piloto, que é voz ativa na luta antirracista e no combate ao preconceito, disse que foi o período "mais traumatizante" de sua vida.
Foi a parte mais difícil da minha vida. Eu já estava sofrendo bullying aos seis anos. Naquela escola em particular, eu era uma de três crianças racializadas. Crianças maiores e mais fortes ficavam me atacando. E os golpes, as coisas que jogavam em você, como bananas [...] Pessoas te chamando de mestiço, (você) sem saber onde se encaixava", disse Hamilton.
Em outro momento, ele acrescentou, a respeito da relação e dos diálogos com os pais sobre os preconceitos que vinha sofrendo na escola:
Não sentia que podia ir para casa e contar aos meus pais que as crianças seguiam me chamando da palavra com N, que sofria bullying e apanhava. Não queria que meu pai pensasse que eu não era forte".
Programas educacionais
Segundo informações publicadas no site do GE Globo, Lewis também ressaltou na entrevista sobre a baixa presença de crianças negras em sua antiga escola, fato que, posteriormente, o motivou a criar programas educacionais de incentivo e assistência.
Tinha seis ou sete crianças negras em um total de 1200. Três de nós eram colocados do lado de fora do escritório do diretor o tempo todo. Ele estava na nossa cola, principalmente na minha. Sentia que o sistema estava contra mim".
Em julho de 2021, o britânico criou o Mission 44, uma instituição de caridade para o "apoio e empoderamento de jovens de grupos desassistidos". Além disso, ele criou, junto com a equipe da Mercedes, o projeto Ignite, voltado para dar assistência financeira e oportunidades de ensino e trabalho para as pessoas negras que, futuramente, pretendem ingressar no automobilismo.