Ligação real: Como é o parentesco entre a família real britânica e os Romanov?
Aventuras Na História
A dinastia Romanov, uma das mais proeminentes da história russa, teve um papel significativo na formação e na queda do Império Russo. O início da dinastia remonta a 1613, com a ascensão de Miguel Romanov ao trono, mas o que chama atenção atualmente é a fase vivida por Nicolau II.
Nicolau II, o último czar da Rússia, governou de 1894 a 1917. Ele enfrentou desafios significativos, incluindo eventos como a Revolução de 1905 e a Primeira Guerra Mundial. A czarina Alexandra e Rasputin, o místico influente, também desempenharam papéis controversos no contexto da família Romanov.
No entanto, uma das maiores curiosidades sobre essa dinastia é a ligação com a família real britânica. Indo além do poder e da influência, se relaciona a linhagem.
A família Windsor, uma das mais proeminentes da realeza britânica, desempenha um papel central na história do Reino Unido. A dinastia iniciou-se em 1917, quando o rei George V decidiu mudar o nome oficial da casa real de Saxe-Coburgo-Gota para Windsor, em meio às tensões da Primeira Guerra Mundial.
A figura mais famosa da família Windsor é a rainha Elizabeth II, que ascendeu ao trono em 1952. Seu reinado é marcado por uma notável estabilidade e adaptabilidade às mudanças sociais e políticas. No entanto, o histórico militar não é única coisa que liga as duas famílias; confira o laço que conecta os Romanov e os Windsor, da Inglaterra:
Vínculos
No dia 16 de julho de 1918, o czar Nicolau II da Rússia, sua esposa Alexandra e seus cinco filhos foram tragicamente assassinados a tiros na Casa Ipatiev, marcando o fim da dinastia Romanov.
Contudo, a execução não apagou a linhagem imperial. Surpreendentemente, seus parentes modernos incluem membros proeminentes da família real britânica, como o falecido príncipe Philip, o rei Charles e os príncipes William e Harry.
O príncipe Philip, que faleceu em 2021, era vinculado aos Romanov pelo lado materno e paterno. Sobrinho-neto de Alexandra Romanov, a última czarina russa, o príncipe era também primo da família real russa.
"O falecido príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth, tinha parentesco com os Romanov: ele era sobrinho-neto da czarina Alexandra. A sua mãe, a princesa Alicede Battemberg, era sobrinha da czarina por parte de mãe", explicou o escritor Paulo Rezzutti, autor de "Os últimos czares: Uma breve história não contada dos Romanovs".
Uma revelação notável ocorreu em 2016, quando foi revelado que o DNA do príncipe Philip foi utilizado para identificar os restos mortais de duas crianças, teorizados como os esqueletos de Maria e Alexei Romanov, encontrados em 2007.
Além disso, os filhos e netos do príncipe Philip, incluindo os príncipes William e Harry, compartilham essa notável conexão com os Romanov. A história entre as duas famílias vai além, estendendo-se a outros membros proeminentes da realeza britânica.
O príncipe Miguel de Kent, primo-irmão da rainha Elizabeth II, falecida em 2022, é outro elo entre a realeza britânica e os Romanov. Seu parentesco é derivado da Grã-duquesa Elena Vladimirovna da Rússia, prima de Nicolau II, segundo a revista internacional Town & Country.
Rainha Vitória
A rainha Elizabeth II e o príncipe Philip também compartilham uma ligação com os Romanov por meio da rainha Vitória. A czarina Alexandra, esposa de Nicolau II, era filha da princesa Alice, ou seja, a segunda filha da rainha Vitória. Já a rainha Elizabeth é tataraneta da rainha Vitória, enquanto o príncipe Philip é seu tataraneto.
Esses elos entre a realeza britânica e os Romanov revelam uma intrincada teia de conexões familiares que transcende fronteiras e séculos, mas também exibe como a linhagem real de ambos os países pode viver uma nova fase, sendo o legado delas mantido até novas gerações.