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Mãe no corredor da morte é considerada 'realmente inocente' após novas evidências
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Mãe no corredor da morte é considerada 'realmente inocente' após novas evidências

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Aventuras Na História
15/11/2024 16h00
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©Ilana Panich-Linsman /The Innocence Project
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Prisioneira no corredor da morte, uma mulher foi considerada "realmente inocente" após o juiz do Texas (Estados Unidos) recomendar que sua condenação por homicídio doloso fosse anulada — após evidências apontarem para sua inocência. 

Melissa Lucio, mãe de 14 filhos e moradora de Brownsville, foi presa em 2007. Na ocasião, ela foi acusada pelo assassinato de sua filha Mariah Alvarez, de apenas dois anos, que ficou roxa e inconsciente em casa.

No ano seguinte, a mulher foi condenada à morte por homicídio capital, mas contou com a ajuda da maioria da legislatura do Texas e de Kim Kardashian para alegar sua inocência. Desde sua detenção, ela alegava que sua filha havia caído de forma acidental de um lance de escadas e disse que os promotores se basearam em falsos testemunhos e evidências falhas.

O juiz Arturo Nelson, do Tribunal Distrital 138 do Condado de Cameron, concluiu que Lucio é "realmente inocente" e "não matou sua filha", de acordo com documentos judiciais obtidos pela KPRC.

Com isso, o caso foi enviado ao Tribunal de Apelações Criminais do Texas, que terá de decidir se aceita as recomendações do juiz.

+ Homem que passou tempo recorde no corredor da morte é libertado

As evidências

Provas adicionais, que haviam sido retidas pelos promotores durante o julgamento inicial, foram reapresentadas e usadas para ajudar o juiz a ser convencido da inocência da mulher. "À luz das novas evidências, há provas tão claras e convincentes de inocência que nenhum jurado racional teria a condenado", Nelson escreveu em nota, repercute o NY Post. 

Os promotores alegaram na época que a pequena Mariah tinha vários sinais de trauma e hematomas que cobriam seu corpo quando os paramédicos tentaram, sem sucesso, reanimar a criança em 17 de fevereiro de 2007, segundo os registros judiciais. Os ferimentos incluíam arranhões e uma marca de mordida.

Na época, a legista que analisou o caso, Dra. Norma Jean Farley, testemunhou que Mariah morreu em consequência de um traumatismo craniano, e que os ferimentos "só poderiam ter sido causados por uma queda acidental". 

A culpa de Melissa Lucio, porém, teria sido determinada com base em seu comportamento na noite em que ela foi interrogada. "Melissa não estava fazendo contato visual com o investigador e estava com a cabeça baixa e, consequentemente: ali mesmo, ela sabia que tinha feito algo. E ela estava envergonhada do que fez, e teve dificuldade em admitir o que tinha ocorrido", disse um investigador. Melissa, vale ressaltar, chegou a negar mais de 80 vezes que teria assassinado a filha.

A fatalidade

A mãe, porém, reconheceu que a filha ficou sem supervisão enquanto ela e o marido estavam ocupados. Segundo suas declarações, em 15 de fevereiro de 2007, eles não olharam a menina enquanto a família vivia em um pequeno apartamento de dois quartos no segundo andar de um edifício. 

Melissa aponta que filha sumiu dentro de casa e que ela encontrou a menina chorando, ao pé de uma escada. Mas que a filha tinha apenas um pouco de sangue embaixo dos dentes. Ao não encontrar outros ferimentos, decidiu continuar com as tarefas do dia. 

Dois dias depois, por volta das 19 horas, o pai da menina chamou o serviço de emergência ao constatar que a filha não estava respirando.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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