Mais de 600 norte-coreanos repatriados da China sumiram, diz grupo
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Nesta quinta-feira, 7, uma organização em prol dos direitos humanos divulgou que mais de 600 norte-coreanos “desapareceram”, após terem sido repatriados da China para o país de Kim Jong-un. Segundo o grupo, os desaparecidos “provavelmente enfrentarão prisão e abusos nas mãos das autoridades”.
Desde a deportação forçada em outubro deste ano, os norte-coreanos não enviaram nenhum sinal de vida ou mensagem, segundo o TJWG (Grupo de Trabalho sobre Justiça Transicional), da Coreia do Sul. Tomando como base os últimos anos, essa foi a maior repatriação em massa.
Conforme repercutido pelo UOL, a identidade dos repatriados continua um mistério, mas a rede de televisão NBC apurou que cerca de 70% são mulheres. O veículo americano ainda apontou que, por serem considerados traidores e criminosos pelo governo norte-coreano, eles provavelmente enfrentarão consequências.
A deportação de norte-coreanos da China, uma prática antiga, foi retomada graças à reabertura das fronteiras da Coreia do Norte em agosto. Essa reabertura ocorreu após três anos de isolamento devido à pandemia.
É importante ressaltar que os governos da China e da Coreia do Norte não reconhecem abertamente a deportação em massa. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, não há “desertores” no país, e sim “migrantes econômicos”, que entraram no território “ilegalmente”.
Deportação sistemática
No último dia 9 de outubro, centenas de norte-coranos foram avistados em vans fortemente vigiadas, transitando entre centros de detenção chineses para a fronteira com a Coreia do Norte, segundo o TJWG.
Estima-se que outros 1.500 norte-coreanos terão o mesmo destino nos próximos meses. Assim, o grupo pediu que outras nações, como os EUA, se manifestassem contra as ações da China.
Ao contrário da Coreia do Norte, a China realmente se preocupa com a sua reputação internacional. A acreditamos que críticas mais contundentes e ações mais enérgicas do lado dos EUA podem fazer Pequim repensar a sua política”, explicou Ethan Hee-Seok Shin, analista jurídico do grupo TJWG.