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Maníaco do Parque: A psiquiatra esganada pelo serial killer em penitenciária
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Maníaco do Parque: A psiquiatra esganada pelo serial killer em penitenciária

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Aventuras Na História
31/10/2024 14h30
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16386068/original/open-uri20241031-17-1abza0d?1730385292
©Reprodução/Vídeo
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Mesmo após receber uma sentença de 285 anos de reclusão por uma série de crimes hediondos, Francisco de Assis Pereira, conhecido como o Maníaco do Parque, permaneceu como uma figura temida no sistema prisional.

Um dos episódios mais perturbadores envolvendo Pereira foi recentemente revelado pela psiquiatra Hilda Morana durante participação no podcast 'Surtadamente'. Segundo Morana, em 2005, durante uma sessão na Penitenciária de Itaí, onde o criminoso estava encarcerado entre 2001 e 2006, ela foi atacada pelo serial killer.

No contexto de sua pesquisa de doutorado na Universidade de São Paulo (USP), que visava compreender o perfil psicológico dos psicopatas e suas possibilidades de reabilitação, Hilda Morana entrevistou mais de 50 detentos com perfis semelhantes em presídios do estado de São Paulo, o que incluiu Pereira.

Durante as entrevistas realizadas na Penitenciária de Itaí, foi disponibilizada uma sala específica para os encontros, sob a condição de que a porta permanecesse aberta para permitir a vigilância remota por um agente penitenciário—a segurança era crucial devido à natureza violenta dos presos.

Avisos

Durante uma dessas entrevistas, Francisco expressou descontentamento com o barulho no local e solicitou que a porta fosse fechada. Mesmo avisada pelo agente sobre os perigos potenciais, Hilda atendeu ao pedido do detento. Ao fazê-lo, Francisco a atacou, pressionando seu pescoço e ameaçando-a verbalmente.

Hilda conseguiu manter a compostura e afastar as mãos do agressor. Ela relatou posteriormente que não acreditava que ele tinha intenção real de assassiná-la, mas sim de chamar atenção.

Hilda Morana descreveu em sua tese que Francisco apresenta um transtorno persistente de personalidade com alto grau de periculosidade. 

"Este indivíduo é mais perigoso que a média e deve ser contido, pois, devido à falta de controle interno, é necessário um controle externo rigoroso. Do ponto de vista médico-legal, é considerado semi-imputável e, geralmente, não responde ao tratamento. Não sendo um caso passível de tratamento curativo específico, conforme estabelece o Artigo 98 do Código Penal, não se recomenda a aplicação de medida de segurança. No entanto, é certo que, mesmo após 30 anos de cárcere, o indivíduo continuará a representar uma ameaça”, escreveu ela sobre o criminoso na tese de doutorado.

Filme

Dirigido por Maurício Eça, 'Maníaco do Parque' chegou ao catálogo do Prime Video e vem sendo a produção mais assistida dentro da plataforma de streaming da Amazon. O longa, que mistura fatos com ficção, relata os crimes cometidos pelo motoboy Francisco de Assis Pereira no fim da década de 1990.

Francisco, conhecido ao redor do Brasil como Maníaco do Parque — pelo fato dos seus ataques acontecerem no Parque do Estado, na zona sudeste de São Paulo —, foi condenado a 285 anos, onze meses e dez dias de prisão pelo assassinato de sete mulheres (embora tenha confessado 11) e 23 ataques que ocorreram nos anos 1990. Mas o que aconteceu com o criminoso?

Confira aqui: Maníaco do Parque: O que aconteceu com serial killer brasileiro?

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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