Marilyn Monroe foi agredida após icônica cena do vestido branco, mostra documentário
Aventuras Na História
Com o cabelo loiro marcante, um vestido esvoaçante e um sorriso provocativo, o filme 'O Pecado Mora ao Lado', lançado em 1955, marcou a imagem que muitos ainda têm na cabeça ao escutar o nome Marilyn Monroe.
No filme dirigido por Billy Wilder, a jovem Monroe interpreta uma vizinha sexy. Ao decorrer da trama, ela topa um encontro com o personagem Richard Sherman, vivido pelo ator Tom Ewell. Entre risos e flertes, a dupla sai de um cinema. É neste momento que a loira mais famosa de Hollywood eterniza a cena: ela para em cima de uma saída de ar do metrô, que acaba por levantar seu vestido.
Por trás das câmeras, uma multidão apaixonada por Monroe acompanhava a cena. A atriz, que entregava sorrisos e espontaneidade no meio de tantas pessoas, demonstrava segurança no momento, no entanto, o cenário era outro quando as luzes se apagaram.
Essa é uma das histórias relembradas no documentário 'O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas', lançada pela plataforma de streaming Netflix.
A produção conta com relatos de pessoas próximas ao ícone de Hollywood e gravações inéditas para entender o que aconteceu com a atriz na fatídica noite de em 4 agosto de 1962, há 60 anos, que marcou a sua morte.
Quem revela esse material inédito é Anthony Summers, jornalista investigativo irlandês responsável pela obra 'Goddess: The Secret Lives of Marilyn Monroe', publicada em 1985.
Relatos inéditos
Uma das gravações reveladas no documentário relembra um turbulento episódio ocorrido após a gravação de Monroe com o vestido branco. Quem acompanhava a atriz no momento dos registros era o seu ex-marido, o ciumento Joe DiMaggio, famoso jogador de beisebol norte-americano.
Como explica o jornalista na produção "Joe não deu conta de ser casado com a pin-up do país". Um dos episódios que comprovam a visão de Summers são duas fitas a respeito do episódio em questão. A primeira exibida apresenta o relato de Billy Wilder, diretor de 'O Pecado Mora ao Lado'.
"Estávamos filmando 'O Pecado Mora ao Lado'. Você se lembra da cena famosa? Se lembra do vento levantando a saia dela? Estávamos com tudo preparado para filmar a cena. Havia 5 mil, e por fim, 10 mil pessoas lá. Estavam olhando a calcinha de Marilyn. E pessoas gritavam das laterais, outras corriam atrás de autógrafos", relembrou o diretor.
"Joe DiMaggio estava assistindo e não gostou muito de ver a sua esposa dando aquele show", disse ele.
Marido 'irritado'
Outra pessoa que relembrou o momento foi a cabelereira que cuidou dos cachos da atriz durante as gravações do longa, Gladys Whitten. Ela revelou a fúria de Joe após a euforia gerada pela gravação. "O Joe ficou muito irritado", disse ela.
Em seguida, Gladys descreve o que aconteceu após o casal voltar para o hotel: a atriz foi agredida pelo então marido e chegou a pedir socorro.
Eles estavam em uma suíte de um hotel antigo muito lindo. E ele... deu uns tapas nela. Ela disse que gritou e chamou por nós. Mas não dava para ouvir através das paredes grossas", relembrou ela.
Em seguida, Anthony questiona se a atriz 'apareceu machucada, com o olho roxo'. Gladys, então, responde que 'foi mais nos ombros dela (Marilyn). Mas, com um pouco de maquiagem, ela continuou trabalhando".
O documentário também apresenta um melancólico relato da atriz a respeito do casamento, que acabou em divórcio menos de nove meses depois.
"Nosso casamento não foi feliz e acabou em nove meses. Infelizmente. Não sei mais o que dizer", relembra a gravação, que exibe a voz abalada da atriz.
O outro vestido de Monroe
Em 1962, Monroe chamou atenção e causou polêmica ao cantar parabéns para o presidente Kennedy ao usar um exuberante vestido colado.
Essa história, que chamou atenção após a aparição de Kim Kardashian no Met Gala 2022, é relembrada no podcast 'Moda com História', com narração e roteiro de Laura Wie.
Confira o episódio abaixo!