'Nada de Novo no Front': O que mudou no remake da Netflix?
Aventuras Na História
Estreando no último sábado, 29, na plataforma de streaming Netflix, o filme 'Nada de Novo no Front' chama atenção não apenas por ser uma grande produção com a direção assinada pelo alemão Edward Berger, como também resgata o roteiro original de um clássico da literatura posteriormente adaptado para o cinema.
O livro homônimo, escrito por Erich Maria Remarque em 1929, foi adaptado no ano seguinte ao cinema e lançado no Brasil com o nome de 'Sem Novidade no Front', devido ao fato do livro ainda não estar circulando nas prateleiras tupiniquins na época.
A produção que misturava o épico com ação é considerado um marco do cinema, tornando Lewis Milestone um dos principais diretores de sua geração ao vencer, naquele ano, os Oscars de Melhor Filme e Melhor Diretor, além de ter sido indicado a pela Melhor Fotografia e Roteiro.
Já consolidado como uma obra prima do cinema no segundo ano em que a mais importante premiação da sétima arte surgia, seu remake ocorre 92 anos após o primeiro lançamento e levantando o que deve ser revisitado nessa obra, agora podendo explorar técnicas avançadas de filmagem, além da tecnologia de ponta.
O que muda?
De acordo com o portal USA Today, o advento das novas tecnologias faz com que o remake mantenha a intensidade do roteiro original acrescentando realismo com cenas de combate e ainda o compara com outros filmes de guerra históricos e premiados, lançados posteriormente ao filme original.
O resultado é possivelmente uma das representações de guerra mais ardentes e esmagadoras que já turvaram a tela. Tem as sequências de batalha impressionantes de “O Resgate do Soldado Ryan”, a horrível guerra de trincheiras de “1917” e a exploração de momentos mais tranquilos na vida dos soldados vistos em “Apocalypse Now””, registrou o portal norte-americano.
O roteiro baseado no livro também não muda, mas ganha caras novas; o protagonista Paul é interpretado pelo austriáco Felix Kammerer, que estreia nos cinemas após aclamação em seu país em peças de teatro. É nele que as câmeras focaram, por boa parte da narrativa, devido a importância no enredo, assim como na primeira ocasião onde o personagem era vivido por Lew Ayres.
Ao mesmo veículo, o diretor esclareceu que, apesar da modernização, a atuação tem mais destaque que o orçamento e os efeitos especiais: “O orçamento provavelmente foi menor do que você pensa! Mas era tudo sobre fazer o que pudéssemos para colocar a câmera ao lado de Paul o máximo que pudéssemos. Na lama. Nas trincheiras. Com a morte”, brincou.