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O destino de um gênio: Cinzas de Nikola Tesla já causaram disputa
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O destino de um gênio: Cinzas de Nikola Tesla já causaram disputa

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Aventuras Na História
06/11/2022 03h00
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Nascido e criado no Império Austríaco, mas no que hoje entende-se parte da Croácia, Nikola Tesla é conhecido por seu trabalho pioneiro com a eletricidade, como o projeto de corrente alternada moderna; além, é claro, de trabalhar ao lado de outro gênio: Thomas Edison

Morto em 1943, aos 86 anos, Tesla deixou um incrível legado, sendo responsável por cerca de 300 patentes em todo mundo por suas invenções. Fora a empresa de automóveis elétricos, seu nome também está eternizado no aeroporto internacional de Belgrado (Sérvia).

Mas é um museu em sua homenagem, o responsável por guardar suas cinzas e também por ser palco de uma enorme polêmica que envolve até mesmo a Igreja Ortodoxa.

Adeus, Nikola

Tesla faleceu em 1943, mas foi cerca de cinco anos antes, no outono de 1937, que seu estado de saúde começou a enfrentar problemas. Tudo se iniciou quando o inventor deixou o Hotel New Yorker, por volta de meia-noite, para fazer seu sempre rotineiro caminho até a catedral e a biblioteca para alimentar os pombos. 

Entretanto, ao atravessar a rua a alguns quarteirões de seu ponto de partida, ele acabou sendo atropelado por um táxi. O impacto foi tamanho que Nikola teve três costelas quebradas. 

Porém, segundo John J. O’Neill em ‘Prodigal Genius: The Life of Nikola Tesla’, Tesla se recusou a ira ao hospital. Uma prática que sempre evitou. Isso fez com que nunca se recuperasse totalmente. 

Já em 7 de janeiro de 1943, quando tinha 86 anos, foi encontrado morto, sozinho, no quarto 3327 do Hotel New Yorker. Apesar da placa de “não perturbe” em sua porta, a empregada Alice Monaghan decidiu ignorar o aviso que já estava lá por dois dias. 

De acordo com o médico legista H.W. Wembley, Nikola Tesla morreu devido a uma trombose coronária. Seu funeral, cinco dias depois, reuniu cerca de duas mil pessoas na ‘Catedral de São João, o Divino’, em Manhattan. 

O corpo do inventor foi levado, posteriormente, ao Cemitério Ferncliff em Ardsley, Nova York, onde acabou sendo cremado. Quase uma década depois, em 1952, seu sobrinho, Sava Kosanović, fez uma enorme pressão para tudo que pertencesse a Nikola fosse enviado para Belgrado. 

Nikola Tesla Museu/ Crédito: Domínio Público

Em 1957, as cinzas de Nikola Tesla foram enviadas dos Estados Unidos para Belgrado, onde são exibidas até hoje em uma esfera banhada a ouro na exposição permanente do Nikola Tesla Museum. 

A disputa por Tesla

Em 2017, porém, a Igreja Ortodoxa Sérvia iniciou um movimento para que as cinzas do inventor fossem transferidas para a Igreja de St. Sava, conforme relatou na época o portal local Balkan Insight.

A justificativa se dava por dois motivos: o primeiro, mais evidente, é que a Igreja também era o local de descanso de muitos heróis nacionais. Assim, Tesla estaria no 'Olimpo' da Sérvia. 

A outra foi por considerar seu local de descanso uma “desgraça”, apontando que “o conselho da igreja acha que os restos mortais do gigante sérvio e mundial Nikola Tesla não pertencem às exposições do museu”.

A polêmica havia se iniciado em 2015, quando a Igreja usou uma foto de diversos artistas meditando ao redor da urna funerária de Tesla, sugerindo que seus restos mortais estavam sendo usados em espécies de “rituais satânicos”; o que o museu negou veementemente. 

"Nós preservamos e cuidamos de tudo relacionado a Tesla. Esse tipo de história não tem nada a ver com a realidade", disse, na época, o então diretor do museu, Branimir Jovanovic.

A urna de Nikola Tesla/ Crédito: Vasenka via Wikimedia Commons

Porém, a mudança foi rebatida por um grupo de ativistas, conforme relatou a BBC. O movimento ‘Leave Tesla Alone’ (‘Deixe Tesla em paz’, em tradução livre) declarou que resistiria a toda tentativa forçada pela St. Sava, a quem eles acusavam de tentar usar Nikola Tesla como uma atração turística para o local. 

Eles desejam se apropriar dele, mas Tesla pertence ao mundo inteiro”, declarou Marko Marjanovic, um dos membros do grupo.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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