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O fenômeno que impulsionou o crescimento do Império Romano, segundo estudo
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O fenômeno que impulsionou o crescimento do Império Romano, segundo estudo

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Aventuras Na História
06/01/2025 18h41
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©Wikimedia Commons
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A queda de grandes impérios, como o Romano, é um tema que continua a fascinar historiadores e curiosos. Recentemente, teorias têm atribuído esse declínio a eventos catastróficos, como mudanças climáticas e epidemias devastadoras.

Um exemplo extensivamente discutido é o ano 536, frequentemente apontado como "o pior ano para se estar vivo".

Naquela época, uma gigantesca erupção vulcânica cobriu o céu com um véu de poeira, bloqueando o sol em várias partes do mundo. Essa situação foi agravada por uma série de outras erupções nos anos seguintes, que levaram a uma queda significativa nas temperaturas globais.

Além disso, entre 541 e 544, o Império Bizantino teve a primeira e mais mortal ocorrência documentada de Peste Justiniana, que causou a morte de milhões.

Contestado

Embora essas narrativas sejam convincentes, os estudos recentes desafiam essas conclusões. Pesquisadores revisaram dados históricos e acidentes e não encontraram evidências claras de que o véu de poeira teve efeitos significativos no Mediterrâneo oriental. Além disso, a extensão e o impacto da Peste Justiniana continuam sendo alvo de intenso debate acadêmico.

Em novembro, uma nova pesquisa revelou que muitas dessas conclusões foram baseadas em dados isolados ou estudos de caso limitados, extrapolados para o contexto de todo o Império Romano.

Ao contrário da crença popular, os dados indicam que, no século 6, o Mediterrâneo Oriental viveu um período de prosperidade e crescimento demográfico, e não um declínio.

Reavaliações

O estudo examinou grandes conjuntos de dados abrangendo regiões que fizeram parte do Império Romano, cruzando informações de diferentes fontes:

Análises locais: Pesquisas em sítios arqueológicos, como a antiga cidade de Elusa, no deserto de Negev (atual Israel), desmentiram denúncias anteriores de declínio no século VI. Dados revisados, incluindo análises de carbono-14 e cerâmicas, indicam que o colapso só começou no século 7.

Estudos regionais: Bancos de dados de naufrágios ajudaram a mapear o volume do comércio marítimo, enquanto levantamentos destruídos documentaram mudanças no número e tamanho dos sítios ocupados ao longo dos períodos históricos.

Essas informações apontaram para um forte esplendor entre o crescimento econômico e demográfico em regiões como Israel, Tunísia, Jordânia, Chipre, Turquia, Egito e Grécia durante o século 6.

Conclusão

Os resultados sugerem que o Império Romano Oriental não entrou em declínio no século 6, mas sim em um auge econômico e populacional. O declínio real começou no século 7, motivado por fatores políticos e militares, como conflitos com o Império Sassânida. Essas fraquezas abriram caminho para a ascensão do Islã na região.

No entanto, as mudanças climáticas tiveram impactos em outras áreas, como a Escandinávia, onde ocorreu um abandono generalizado de sítios destruídos em meados do século 6, possivelmente causado por alterações ambientais mais graves.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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