Home
Notícias
O que aconteceu com o homem condenado por matar Eloá Pimentel há 15 anos?
Notícias

O que aconteceu com o homem condenado por matar Eloá Pimentel há 15 anos?

publisherLogo
Aventuras Na História
01/04/2023 14h40
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/15490477/original/open-uri20230401-18-12q6t1c?1680360380
©Reprodução/Vídeo
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Em outubro de 2008, o Brasil acompanhou com apreensão um dos sequestros mais intensos e trágicos da história do país: o sequestro de Eloá Cristina Pimentel, uma jovem de 15 anos, na cidade de Santo André, em São Paulo. O sequestro começou no dia 13 daquele mês, quando o ex-namorado de Eloá, Lindemberg Alves, na época com 21 anos, invadiu o apartamento em que a jovem morava.

Armado, ele ameaçou Eloá, a melhor amiga Nayara Rodrigues e mais dois colegas de escola que juntos faziam uma atividade escolar. Exigindo que a ex voltasse a namorar com ele, liberou parte das vítimas, que acionaram a polícia. A partir daí, as negociações começaram, angariando a atenção da imprensa nacional.

Lindemberg fez uma série de exigências em respostas as ações policiais fracassadas, como desligar a luz do prédio e ameaçar entrar no local. A polícia tentou negociar a libertação de Eloá, mas as conversas não avançaram e o sequestro se arrastou por mais de 100 horas. 

Durante esse período, a imprensa e a população acompanharam de perto os desdobramentos do sequestro, que foi transmitido ao vivo pela televisão. As imagens mostravam Eloá e Lindemberg em momentos de tensão, com o sequestrador ameaçando a jovem e a si mesmo com a arma.

A prisão de Lindemberg /Crédito: Reprodução/Vídeo

No dia 17 de outubro, a polícia decidiu invadir o apartamento em que a jovem estava sendo mantida refém. Durante o confronto, Lindemberg atirou em Eloá e Nayara, que havia retornado ao apartamento durante as negociações. As duas foram levadas para o hospital em estado grave, mas Eloá acabou tendo morte cerebral constatada no dia seguinte. Já o sequestrador acabou sendo levado preso durante a invasão.

A prisão

Lindemberg Alves, o sequestrador da jovem Eloá, foi sentenciado a 98 anos de prisão no ano de 2012 pelo crime. Mesmo assim, cumprirá a pena máxima prevista na legislação brasileira, que é de 30 anos. Ele foi julgado por homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, cárcere privado e disparo de arma de fogo.

Após a condenação, Lindemberg foi encaminhado para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. Ele chegou a recorrer da decisão, mas teve seu recurso negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 2014. No meio tempo, recusou entrevistas, inclusive, com grandes nomes do jornalismo nacional, como Roberto Cabrini, como divulgou a Folha de São Paulo em 2009.

A pena

Em 2020, ele solicitou progressão de pena, sendo beneficiado no início de 2021. Lindemberg passou para o regime semiaberto, como informou o G1. Quatro meses depois, a Justiça, no entanto, revogou o benefício dado ao assassino de Eloá.

Em um recurso do MP assinado por Luiz Marcelo Negrini, promotor, fora declarado que um teste de personalidade determinou que o presidiário tem "traços narcísicos e antissociais, além de contar com impulsividade elevada e pouca capacidade de afeto, apresentando postura autocentrada", segundo repercutido pelo G1.

Também fora destacada a "personalidade agressiva e com alternâncias de comportamento". A perícia também citou no detento "fantasias imaturas, traços egocêntricos e necessidade de controle sobre o ambiente".

Como consequência, o desembargador disse que Lindemberg não assimilou "adequadamente a terapêutica penal, devendo permanecer por maior período em regime fechado". Na época, foi citado que o condenado não apresentava, até então, falta disciplinares consideradas graves e também tinha bom comportamento dentro da cadeia.

Ao G1, a defesa de Lindemberg, Marcia Renata Silva, afirmou que recorreria. "Não concordamos com a decisão, pois ele está cumprindo o regime semiaberto há 4 meses sem qualquer fato que desabone o direito de permanecer em regime semiaberto, já que cumpre pena no próprio estabelecimento com toda vigilância", explicou. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também