O que aconteceu com Rosane Collor, 30 anos depois do impeachment?
Aventuras Na História
Em 1989, o Brasil conheceu uma jovem garota, com apenas 23 anos de idade, mas acompanhando aquele que mobilizava multidões por diversos estados brasileiros como uma nova esperança da política nacional. Rosane Brandão Malta havia adquirido o sobrenome Collor cinco anos antes, ao se unir com Fernando Collor.
Ela acompanhou o político enquanto governador de Alagoas e durante todo o período presidencial, após ser o primeiro presidente eleito pelo voto popular após o fim da ditadura militar, e ao seu lado, inclusive, nos momentos mais difíceis de seu processo de impeachment.
Instaurado após Comissão Parlamentar de Inquérito, popularmente conhecida pela sigla CPI, que considerou as denúncias do irmão do presidente, Pedro Collor, sobre um suposto esquema de caixa 2, ele perdurou por meses. Seu fim não se deu na sua renúncia do chefe de estado, em 29 de dezembro daquele ano, visto que a votação culminou em sua inelegibilidade pelos oito anos seguintes.
Mesmo inocentado das acusações de corrupção pelo Supremo Tribunal Federal, Fernando não pode concorrer a nenhum cargo político até 2000. Rosane o acompanhou, também sendo inocentada pelo STF em acusações de supostos desvios quando geria a Legião Brasileira de Assistência (LBA), no governo do marido.
Por onde anda Rosane?
Collor e Rosane ficaram juntos até o ano de 2005, mas a separação já era especulada desde o período na presidência, devido a aparições de Rosane sem a aliança, além de boatos sobre uma relação extraconjugal do presidente com a cunhada Thereza, atribuído como um dos motivos para que o irmão o denunciasse.
Em 2016, Rosane comentou a suposta relação em entrevista a Luciana Gimenez no programa 'Superpop', da RedeTV, apontando que a conduta da ex-cunhada corrobora tal teoria: "Eu acho que ela se casou com o Collor errado. Ela queria o Fernando e se casou com o Pedro", afirmou.
Em entrevista ao jornal Extra, Rosane revelou que o rumo do processo de divórcio também não foi um dos mais amistosos, travando uma batalha pela partilha de bens, além de ter uma pensão afixada pela Justiça, no valor de 30 salários mínimos por mês.
Em 2014, ainda lançou um livro contando os bastidores da vida pública ao lado de Collor e abordando as polêmicas que culminaram na renúncia, chamado 'Tudo o que vi e vivi'. Em 2018, tentou ser deputada estadual por Alagoas, mas não conseguiu votos suficientes.