O que desperta 'curiosidade' no caso Richthofen? Roterirista responde
Aventuras Na História
Em outubro de 2002, o que parecia ser um assalto seguido de assassinato revelou uma grande teia de mentiras que segue intrigando o Brasil mais de 20 anos depois. Naquele ano, Suzane von Richthofen, ao lado dos irmãos Cravinhos, arquitetou o assassinato dos próprios pais, Manfred e Marisia.
Após dois filmes de sucesso lançados em 2021, a história volta a ganhar repercussão nacional com o lançamento de 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'. Com o retorno do elenco principal, o filme mostra a verdade dos fatos, que resultou na prisão e condenação do trio.
Com roteiro escrito por Ilana Casoy, o filme se baseia nos autos do processo. Casoy acompanhou o caso desde início, o que resultou no livro 'Casos de Família: Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni'.
A figura do crime
Durante entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, a escritora refletiu sobre o que desperta a curiosidade em relação ao caso Richthofen. Suzane, que tinha uma família padrão e dinheiro, acabou se afastando do imaginário criado em torno do perfil de um criminoso.
"Infelizmente, a figura do crime em geral é caricaturada como alguém miserável, com histórico de sofrimento, da periferia. E a descrição não se aplica ao caso de Richthofen", explicou ela.
O fato de Suzane ser branca e privilegiada, explicou a escritora, despertou a curiosidade das pessoas para entender o que motivou o assassinato brutal.
"Suzane é branca, loira e estudava Direito na PUC. Sua família era estruturada, a família Cravinhos era de classe média. Esse contraste causa desconforto e desperta curiosidade sobre o que motivou esse crime".