O que o Brasil vai fazer para recuperar o relógio histórico destruído por terrorista em Brasília
Aventuras Na História
O relógio de Balthazar Martinot, que foi dado a Dom João VI pela Corte francesa, foi destruído durante a invasão golpista do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Mas, de acordo com informações exclusivas do GLOBO, existem conversas para que uma relojoaria suíça venha ao Brasil para reparar a peça.
O diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, afirmou estar conversando com a embaixada suíça e com uma relojoaria para que técnicos do país venham ao Brasil para trabalhar no relógio de valor inestimável. A técnica usada por Martinot para construir o relógio demanda, de acordo com Carvalho, uma equipe altamente especializada.
Carvalho ainda afirmou que eles estão cogitando fazer um ateliê de restauro dentro do próprio Palácio do Planalto. Assim, ele explica que as obras não sairiam do lugar e que o acontecimento poderia ser usado para uma proposta de educação patrimonial, onde tanto a população poderia visitar e aprender quanto os técnicos brasileiros poderiam aprender com os especialistas suíços.
Vandalismo contra a história
O Curador do Palácio do Planalto defende que alguns dos objetos restaurados sejam expostos com o registro de que foram refeitos e restaurados depois que a obra foi destruída em um ataque golpista, para trazer um contexto histórico à exposição das peças.
O relógio, que foi um presente da corte de Luís XIV, da França, foi destruído por um homem com uma camiseta com a foto do ex-presidente Jair Bolsonaro. Depois de derrubar o artefato no chão, o terrorista ainda derrubou o armário que sustentava o relógio em cima do mesmo, aumentando o dano.