O que se sabe sobre o caso da brasileira que ficou 15 dias desaparecida em Paris
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A polícia francesa está conduzindo uma investigação sobre um caso misterioso envolvendo uma brasileira que foi encontrada em seu próprio apartamento após mais de 15 dias desaparecida em Paris. Fernanda Santos de Oliveira, que tem 44 anos de idade, foi localizada na última segunda-feira, 22.
De acordo com a presidente de uma ONG que auxiliou nas buscas pela mulher, Fernanda afirma ter sido mantida em cativeiro em uma casa abandonada, mas não se recorda dos eventos que ocorreram durante seu desaparecimento.
Após ser encontrada, ela foi encaminhada para uma unidade médica policial, a Unité Médico-judiciaire, onde está passando por exames de corpo de delito para verificar se sofreu alguma forma de violência ou fez uso de substâncias entorpecentes.
De acordo com o portal de notícias G1, após a conclusão desses exames, está prevista a transferência de Oliveira para o Hospital Saint Anne, especializado em psiquiatria, ainda nesta terça-feira, 23. A equipe médica deverá avaliar seu estado de saúde mental e fornecer o atendimento apropriado.
O desaparecimento de Fernanda, que é natural de Botucatu, no interior de São Paulo, foi registrado no dia 6 de maio, quando ela saiu do apartamento em que morava, sem documentos e celular, levando consigo apenas uma bolsa de mão, um patinete elétrico e seu passaporte.
O que diz ONG
Membros da ONG que ajudou nas buscas por Fernanda disseram que ela poderia estar sofrendo assédio sexual em um de seus locais de trabalhos, o que teria motivado o desaparecimento. A mulher trabalhava em um restaurante de culinária portuguesa ao mesmo tempo que mantinha dois bicos como faxineira.
No dia do desaparecimento, ela teria tido um surto. Os bombeiros até chegaram a ser acionados, mas a brasileira disse à equipe que se sentia bem e que não tinha problemas.
Pode ter sido um surto, em que ela saiu andando, vagando pelas ruas, como também ela pode ter ficado em cárcere privado até esse momento onde, segundo ela, foi entregue um papel com endereço e ela conseguiu chegar até em casa", disse Nellma, a presidente da Associação Mulheres na Resistência de Paris.