O que se sabe sobre o estado de saúde do Papa Francisco

O papa Francisco apresentou uma "leve melhora" em seu quadro de saúde e não teve novas crises respiratórias nesta segunda-feira, 24, conforme informou um boletim divulgado pelo Vaticano. Os médicos também afirmaram que a insuficiência renal registrada no domingo, 23, não representa uma preocupação significativa.

Este é o décimo dia de internação do pontífice no hospital Agostino Gemelli, em Roma, sendo sua quarta hospitalização desde o início do papado e a mais longa sem um procedimento previamente planejado. Em 2021, Francisco também passou dez dias no mesmo hospital, mas para uma cirurgia intestinal programada.

No domingo, 23, o Vaticano já havia comunicado que o papa não apresentava novas crises respiratórias desde sábado, 22, embora houvesse sinais de insuficiência renal. Ele segue recebendo oxigênio por cateter nasal, mas não precisou de novas transfusões.

Nesta segunda-feira, pela manhã, fontes da Santa Sé informaram que o papa passou uma noite tranquila, dormiu bem e se alimentava normalmente, sem necessidade de nutrição artificial. Além disso, Francisco está de bom humor, sem dores e continua com seu tratamento farmacológico.

Às 21h (17h de Brasília), o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e colaborador próximo do pontífice, conduzirá um rosário na Praça São Pedro em solidariedade ao papa. O evento deve contar com a presença de outros cardeais residentes em Roma e funcionários da Cúria Romana.

No domingo, 23, o cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana e aliado de Francisco, já havia celebrado uma missa em Bolonha pela recuperação do líder da Igreja Católica.

Apesar da internação, o pontífice continua exercendo parte de suas funções. Nesta segunda-feira, assinou a nomeação de quatro bispos, incluindo o brasileiro Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, que será coadjutor da Diocese de Santos.

Saúde

O papa foi hospitalizado em 14 de fevereiro após apresentar sintomas de bronquite, e exames confirmaram a presença de uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral. Desde o início de fevereiro, Francisco já demonstrava dificuldades respiratórias em eventos públicos. Os médicos enfrentam desafios no equilíbrio da terapia farmacológica para tratar sua condição.

Nos últimos dois anos, o pontífice tem enfrentado problemas de saúde recorrentes. Ele é particularmente vulnerável a infecções pulmonares devido a uma pleurisia que teve na juventude, quando precisou remover parte de um dos pulmões.

A comunidade católica segue em orações pela recuperação do Santo Padre, enquanto o Vaticano monitora de perto sua evolução clínica.