ONU alega 'preocupação' com bombardeios russos que teriam mirado em civis
Aventuras Na História
Nos últimos dois dias, a Rússia disparou uma série de mísseis na direção de diferentes cidades ucranianas, incluindo Kiev, a capital, após ficar cerca de dois meses sem bombardeá-la.
Segundo o governo da Ucrânia, mais de 80 mísseis atingiram o país, causando 19 mortes e deixando mais de uma centena de pessoas feridas.
Em reação, Ravina Shamdasani, a representante das Nações Unidas para os Direitos Humanos, expressou "preocupação" em relação aos ataques através de uma declaração feita nesta terça-feira, 11.
A localização e o momento dos ataques — quando as pessoas estavam indo para o trabalho e levando as crianças à escola — é particularmente chocante. Estamos seriamente preocupados que alguns dos ataques pareçam ter visado infraestruturas civis críticas", afirmou a porta-voz da ONU, conforme repercutido pelo UOL.
Caso seja confirmado que os alvos dos ataques russos eram estruturas fundamentais à sobrevivência dos civis, isso constituiria um crime de guerra, uma vez que violaria diretamente as normas do "direito humanitário internacional".
Muitos objetos civis, incluindo dezenas de edifícios residenciais e infraestrutura civil vital — incluindo pelo menos 12 instalações energéticas — foram danificados ou destruídos em oito regiões, indicando que estes ataques podem ter violado os princípios sobre a condução de hostilidades sob o direito humanitário internacional", concluiu Shamdasani.
Crimes de guerra
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a Rússia seria suspeita de cometer atos que podem ser considerados criminosos no contexto de um conflito militar.
O massacre de Bucha, por exemplo, é outra ocasião que atraiu os olhos do mundo para a guerra, que foi quando o governo ucraniano anunciou ter encontrado mais de 400 cadáveres de civis espalhados pelas ruas de uma cidade recentemente desocupada pelo exército inimigo.