Pai de atirador de Aracruz pede desculpas às vítimas e admite culpa
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O pai do atirador responsável pelos ataques a duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, disse em entrevista ao Estadão que o filho não demonstrou nenhuma emoção depois de ter cometido os atentados. O pai preferiu ficar no anonimato e é o dono das duas armas usadas nos atentados que deixaram 4 mortos.
O pai pediu desculpas a todas as famílias das vítimas e disse o correto é ser punido pela omissão de cautela em relação às pistolas que o filho teve acesso. Segundo ele, quando soube do acontecido, através de uma mensagem de WhatsApp, ele ligou para o filho de 16 anos, e não sabia da culpa do menino.
"Meu mais profundo sentimento de pesar. Sei que a tragédia que ceifou várias vidas foi cometida por meu filho, um filho criado com todo amor e carinho. Mas não consigo entender o que o levou a cometer esse atentado. Se eu pudesse, pediria para cada família o perdão para meu filho, apesar de saber que diante de tamanha dor isso é algo impossível. Gostaria de poder pedir o perdão e dar minha explicação para cada parente das vítimas, mesmo que fosse em vão” – disse o homem.
Resposta à Justiça
O homem também revelou, de acordo com o portal O Globo, que o menino não demonstrou reação após os ataques, que se manteve forte em relação a tudo. O pai disse que deve ser punido, de alguma forma, pelo filho ter conseguido acessar as armas.
Na corregedoria da Polícia Militar, já corre uma investigação interna acontecendo, e, enquanto isso, ele está afastado das ruas, cumprindo “funções administrativas” na corporação.
Eu já tenho noção que vou responder por omissão de cautela, que é o crime quando você se omite dos cuidados da arma sob sua cautela e alguém utiliza de forma indevida. Foi o que aconteceu com a arma da corporação que estava comigo. Eu sei que vou responder, mas é como te falei: não quero nenhum tipo de impunidade. Foi um erro meu, que eu responda. Não quero livrar nem minha cara não. Vou ser punido, sim. Não vou ficar inventando defesa mirabolante com advogado não. Assim como quero que meu filho seja punido dentro dos rigores da lei”.