Parlamentar pede para ministro não conceder a cidadania italiana a Bolsonaro
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Angelo Bonelli, deputado italiano, pediu para que governo do país não conceda a cidadania italiana a Jair Bolsonaro. O pedido foi realizado durante sessão na Câmara nesta segunda-feira, 9.
No dia seguinte ao pedido do membro do partido Europa Verde, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, afirmou que o ex-presidente do Brasil não fez o pedido de cidadania.
Como informado pelo jornal O Globo, o parlamentar afirmou que "O governo italiano deve ser claro. Sem cidadania para os filhos de Bolsonaro e para o ex-presidente. Sem cidadania para os golpistas".
"Há rumores da imprensa brasileira de que o Jair Bolsonaro, que está atualmente na Flórida, solicitou cidadania italiana. Você sabia que os filhos de Bolsonaro também solicitaram cidadania? Isso seria um grande problema para a república italiana porque diante dos acontecimentos não pode haver incerteza de não dar a cidadania italiana à família Bolsonaro, sobre quem tramitam processos judiciais na Justiça brasileira", disse Angelo Bonelli.
Em seu perfil no Twitter, demonstrou solidariedade ao Brasil em decorrência dos atos de terrorismo realizados nas sedes dos três poderes no último domingo, 8, em Brasília.
"Solidariedade ao povo brasileiro, às instituições ao Presidente Lula. Pedimos que o Ministro Tajani se manifeste claramente em não conferir cidadania a #Bolsonaro e sua família", escreveu em tradução livre.
Dupla cidadania
O ministro Antonio Tajani disse em entrevista à Rai Radio 1, na última terça-feira, 10, que Bolsonaro não solicitou a cidadania italiana.
"O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro nunca pediu a cidadania italiana, e também existem as leis. Há pessoas que têm direito a solicitá-la, mas ele não a pediu".
No caso, o bisavô do ex-presidente nasceu em Anguillara, no nordeste da Itália, o que permite que Bolsonaro e seus herdeiros sejam elegíveis para a dupla cidadania.
O senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filhos de Jair, deram entrada na solicitação em meados de 2020, como confirmado pelo Ministro das Relações Exteriores do país europeu.
