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Parte mais antiga da Grande Muralha da China é descoberta
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Parte mais antiga da Grande Muralha da China é descoberta

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Aventuras Na História
17/02/2025 16h30
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©Getty Images
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Recentemente, arqueólogos desenterraram o que acreditam ser a seção mais antiga conhecida da Grande Muralha da China, que antecede estimativas anteriores em cerca de 300 anos. Datada do fim da Dinastia Zhou Ocidental (1.046 a.C. - 771 a.C.) ao início do Período da Primavera e Outono (770 a.C. - 476 a.C.), a descoberta ocorreu no Distrito de Changqing, em Jinan, na Província de Shandong.

Quem conduziu a escavação na área foi o Instituto Provincial de Relíquias Culturais e Arqueologia de Shandong, entre maio e dezembro de 2024. Ao todo, cerca de 1.100 metros quadrados foram estudados ao norte da Vila Guangli, a partir de análise de artefatos tradicionais, amostragem de solo, estudos de sílica vegetal e técnicas de datação.

Vale mencionar que o segmento conhecido como Grande Muralha de Qi, que é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, é o segmento mais antigo e longo das fortificações chinesas, estendendo-se por cerca de 641 quilômetros, passando pelo centro de Shangdong, de Changqing, no oeste, até a costa de Qingdao, no leste.

Essa muralha, em especial durante a Dinastia Zhou Oriental, teve um papel bastante significativo na estratégia militar do Estado.

Descoberta

Zhang Su, líder do projeto do Instituto Provincial de Relíquias Culturais e Arqueologia de Shandong, informou ao Global Times que as escavações revelaram fases distintas de construção de muros. Os mais antigos, datados da Dinastia Zhou, datados do Período da Primavera e Outono, tinham apenas cerca de 10 metros de espessura.

Outros muros posteriores, principalmente do Período dos Estados Combatentes (475 a.C. - 221 a.C.), são caracterizados por técnicas de construção mais avançadas, com a parte mais robusta com mais de 30 metros de largura. Por fim, a fase final da muralha, construída sob o comando do rei Xuan de Qi (350 a.C. - 301 a.C.) estava mais bem preservada, e foi construída com terra amarela fina compactada.

Área das escavações recentes / Crédito: Divulgação/Zhang Su

Além disso, também foram descobertos restos de estruturas residenciais sob os muros antigos. Essas moradias semi-subterrâneas, com fundações quadradas e cantos arredondados, revelam mais sobre a vida em pequenos assentamentos anteriores às fortificações, o que comprova que a muralha não servia apenas para fins defensivos, mas também era parte da vida diária dos habitantes locais.

A cerca de 1,5 quilômetros ao norte da Grande Muralha de Qi, os pesquisadores também encontraram um antigo assentamento, na cidade de Pingyin. Vale mencionar que textos históricos referem-se à cidade como uma fortaleza crucial do Estado de Qi, sendo responsável por proteger as rotas de transporte e manter a segurança da fronteira.

Escavações arqueológicas confirmaram a existência de uma muralha na cidade, que se estende por pelo menos 500 metros de comprimento. Havia ainda evidências como trincheiras e portões fortificados, também mencionados em textos antigos.

Essas últimas descobertas em torno da Grande Muralha da China abordam uma série de questões sobre a construção, como a idade, as técnicas de construções utilizadas e até mesmo sua função. Com as novas descobertas, informações cruciais sobre as fases iniciais da muralha foram descobertas, o que ainda pode impactar em estudos futuros.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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