Possível sacrifício humano de 5 mil anos atrás é encontrado na Dinamarca
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Uma escavação arqueológica em um pântano da Dinamarca revelou os restos mortais de um indivíduo que teria possivelmente sido vítima de um ritual de sacrifício humano há 5 mil anos, ou seja, durante a porção inicial do Neolítico.
O achado ainda não passou por análises laboratoriais, de forma que os pesquisadores não sabem seu sexo ou idade no momento da morte, de acordo com informações do LiveScience.
Vale mencionar que não é o primeiro esqueleto antigo encontrado em um pântano europeu, com essas ocorrências sendo particularmente frequentes na parte noroeste do continente.
Sabemos que as tradições de sacrifícios humanos datam de muito longe — temos outros exemplos disso (...) Em nossa área aqui, temos vários corpos de pântano diferentes. É uma tradição contínua que remonta ao Neolítico", explicou Emil Struve, que esteve envolvido na escavação, em entrevista ao veículo.
É a quantidade de cadáveres descobertos em pântanos que sugere que essas mortes tenham sido intencionais: embora algumas pessoas possam ter sofrido acidentes e perecido nesses terrenos, o número alto de esqueletos faz arqueólogos pensarem que vítimas de sacrifícios foram deliberadamente despejadas em regiões pantanosas.
Os motivos por trás desses rituais, por sua vez, podem variar. Possivelmente, as populações que habitavam o noroeste da Europa durante o Neolítico acreditavam que essas oferendas humanas ajudassem a mitigar períodos de fome ou desastres naturais, ainda segundo o LiveScience.
Próximos passos
Até o momento, os arqueólogos desenterraram uma pélvis, parte de um maxilar inferior com alguns dentes acoplados, e ossos de uma perna. Além disso, a cabeça de um machado de sílex estaria nas proximidades do corpo.
A escavação, todavia, que ocorria em preparação à construção de um conjunto habitacional (a constituição da Dinamarca obriga a exploração de terrenos por arqueólogos antes de quaisquer edifícios serem erguidos), precisará ser paralisada devido às condições climáticas locais.
Ela continuará na próxima primavera, quando as temperaturas deixarão o solo do pântano menos rígido, facilitando o trabalho dos especialistas.