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Prefeito de Istambul é preso e acusa presidente de tentativa de golpe
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Prefeito de Istambul é preso e acusa presidente de tentativa de golpe

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Aventuras Na História
19/03/2025 16h30
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©Getty Imagens
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Nesta quarta-feira, 19, a polícia da Turquia prendeu Ekrem Imamoğlu, prefeito de Istambul e principal opositor político do presidente Recep Tayyip Erdoğan. Segundo a mídia estatal, Imamoğlu foi detido como parte de uma investigação sobre suposta corrupção e ligações terroristas.

Além de Imamoğlu, a agência estatal Anadolu apontou que a promotoria emitiu mandados para a prisão de outras 100 pessoas. Para evitar protestos após a prisão do político, as autoridades fecharam estradas ao redor de Istambul e proibiram manifestações públicas pelos próximos quatro dias. 

Nesta manhã, Imamoğlu publicou um vídeo reagindo à medida, com a legenda: "Um golpe na vontade da nação". "[Ele] foi detido e agora está na sede da polícia", disse um assessor à Agence France-Presse em anonimato. 

Conforme relata o The Guardian, em paralelo à prisão do político, o observatório de internet Netblocks registrou que o país suspendeu o acesso a diversas plataformas de mídia social, como o X, YouTube, Instagram e TikTok.

Imamoğlu x Erdoğan

Ekrem Imamoğlu deveria ser escolhido como candidato presidencial do Partido Republicano do Povo (CHP), principal partido de oposição do país, em primárias que serão realizadas no próximo dia 23 — as eleições presidenciais do país estão programadas para 2028, mas deverão ser antecipadas. 

"Estamos enfrentando uma grande tirania, mas quero que saibam que não vou desanimar", disse Imamoğlu mais cedo nesta quarta-feira em uma mensagem de vídeo publicada nas redes sociais. Ele acusou o governo de "usurpar a vontade" do povo

Já o presidente do CHP, Özgür Özel, denunciou a detenção de Imamoğlu como um "golpe". "Atualmente, há um poder em vigor para impedir que a nação determine o próximo presidente", disse ele. 

Estamos enfrentando uma tentativa de golpe contra nosso próximo presidente".

O Guardian aponta que a prisão aconteceu na última terça-feira, 18, após uma mandado de busca ser executado em sua casa. No dia anterior, a universidade que ele cursou, invalidou seu diploma, o quê o desqualificaria para concorrer às eleições — visto que ter um diploma universitário é um pré-requisito para concorrer em eleições sob a lei turca.

Segundo a Universidade de Istambul, a anulação do diploma de Imamoğlu se deu por supostas irregularidades em sua transferência em 1990 de uma universidade privada no norte de Chipre para sua faculdade de administração de empresas. 

O prefeito classificou a decisão da univarsidade como "ilegal", insistindo que ela não tem autoridade para cancelar o diploma. A mudança da universidade foi amplamente percebida como politicamente motivada.

"Os dias em que aqueles que tomaram essa decisão serão responsabilizados perante a história e a justiça estão próximos. A marcha do nosso povo, que tem sede de justiça, lei e democracia, não pode ser parada", ele escreveu no X.

Mais tarde, ele também sugeriu que a decisão foi tomada sob pressão do governo de Erdoğan e levantou preocupações sobre a independência do judiciário. Ele disse que planejava contestar a decisão.

"O que farei em seguida? Vou continuar correndo como um leão. Não há como recuar, vou correr ainda mais rápido", finalizou Imamoğlu.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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