EUA: Ordem de Trump que proibia pessoas trans nas Forças Armadas é suspensa por juíza

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A ordem executiva assinada por Donald Trump proibindo a participação de pessoas transgênero nas Forças Armadas dos Estados Unidos foi bloqueada nesta terça-feira, 18, por uma juíza federal. A decisão representa mais um revés para o presidente, que, mais cedo, também foi impedido por um juiz de adotar novas medidas para fechar a Usaid, agência norte-americana de ajuda internacional.
A juíza Ana Reyes atendeu a um pedido de liminar apresentado por pessoas transgênero que já atuam no serviço militar ou estão em processo de alistamento, informou a CBS News. Apesar do bloqueio, Reyes suspendeu temporariamente os efeitos da decisão até a próxima sexta-feira, 21, concedendo prazo para que o Departamento de Justiça possa recorrer.
Durante as audiências realizadas no início do mês, a juíza questionou as justificativas apresentadas pelo governo Trump para sustentar a ordem executiva. Em sua decisão, Reyes afirmou, de acordo com o portal UOL: “A ironia cruel é que milhares de militares transgêneros se sacrificaram — alguns arriscando suas vidas — para garantir aos outros os direitos de proteção igualitária que a proibição militar busca negar a eles.”
A magistrada classificou a medida como carregada de animosidade. Segundo ela, “sua linguagem é descaradamente humilhante, sua política estigmatiza pessoas transgênero como inerentemente inaptas, e suas conclusões não têm relação com os fatos.”
Fim da assistência
A suspensão da ordem executiva ocorre um dia depois de o governo Trump ter anunciado o fim da assistência a militares em processo de transição de gênero.
“Se os veteranos quiserem tentar mudar de sexo, poderão fazê-lo com seu próprio dinheiro”, declarou Doug Collins, secretário do departamento responsável pelo suporte aos militares, esta semana.


