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Prefeito de vila italiana proíbe pessoas de ficarem doentes
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Prefeito de vila italiana proíbe pessoas de ficarem doentes

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Aventuras Na História
08/01/2025 19h20
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©Facebook: Comune di Belcastro
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Os habitantes de Belcastro, uma pequena vila situada no sul da Calábria, uma das regiões mais empobrecidas da Itália, receberam uma "ordem" inusitada: evitar contrair doenças que possam exigir atendimento médico de emergência.

A medida foi imposta por meio de um decreto do prefeito Antonio Torchia, como uma maneira provocativa de alertar sobre a grave falta de serviços de saúde na região.

Além de instruir a população a evitar riscos à saúde e se envolver em acidentes, o decreto aconselha os moradores a ficarem em casa o máximo possível, não viajarem nem praticarem esportes. Também foi orientado que se abstenham de comportamentos prejudiciais à saúde e tomem cuidado com acidentes domésticos.

Embora Torchia tenha afirmado que a medida é uma "provocação humorística", ela tem sido uma forma eficaz de chamar a atenção para a crise de saúde enfrentada pela vila. O prefeito explicou à mídia local que a situação é séria e que a portaria busca alertar sobre a falta de infraestrutura médica na área, especialmente em emergências.

Crise

Ainda não se sabe como essas diretrizes serão aplicadas, mas Torchia deixou claro em entrevista à TV italiana que a situação é muito mais do que uma simples brincadeira.

Isso não é apenas uma provocação", afirmou. "É um pedido de ajuda, uma forma de denunciar uma situação inaceitável".

Belcastro enfrenta uma realidade difícil devido à sua localização remota. O atendimento de emergência não está disponível à noite ou em feriados, e a clínica local costuma estar fechada.

O hospital mais próximo, em Catanzaro, está a cerca de 45 quilômetros de distância, o que torna o acesso a cuidados médicos uma verdadeira corrida contra o tempo, especialmente para a população idosa da vila.

Cerca de 50% dos 1.200 moradores de Belcastro têm mais de 65 anos, o que torna o acesso a serviços médicos ainda mais urgente. Desde 2009, 18 hospitais na região foram fechados, forçando os residentes a buscar ajuda fora da área.

Torchia alertou que, sem serviços essenciais, vilas como Belcastro correm o risco de desaparecer em uma década. "Se não oferecerem cuidados médicos adequados, essas cidades vão morrer nos próximos 10 anos", concluiu o prefeito.

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Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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