Professora cristã é demitida de escola por dizer que 'ser LGBT+ é um pecado'

No sul de Londres, uma professora cristã foi demitida após dizer para seus alunos que 'ser LGBT+ é um pecado', relatou a Suprema Corte do país. Glawdys Leger trabalhava como docente na Bishop Justus Church of England School, no subúrbio de Bromley. 

Segundo repercutido pelo The Independent, a mulher de 45 anos teria feito tal comentário aos seus alunos do 7º ano, durante uma aula de estudos religiosos em fevereiro de 2022. Na ocasião, ela mostrava aos alunos slides sobre direitos humanos. 

Ela então disse às crianças que ser LGBT+ "não é bom" e "vocês devem colocar Deus antes da ideologia LGBTQ", ouviu o tribunal.

Depois da aula, uma das alunas reclamou com sua mãe sobre o ocorrido. Assim, a professora foi suspensa no mês seguinte e demitida em abril de 2022. Em dezembro do ano seguinte, um painel de conduta profissional concluiu que as ações da professora constituíram conduta antiprofissional.

Ação legal

Agora, porém, Glawdys Leger está entrando com uma ação legal no Tribunal Superior de Londres contra o Departamento de Educação (DfE), apontando que a decisão de publicar informações sobre o caso era ilegal — por infringir sua privacidade. 

Com isso, Leger pediu para que o tribunal anulasse a conclusão do painel ou ordenasse que a conclusão fosse reconsiderada. Michael Phillips, que representa a professora, disse que os comentários da docente foram tirados de contexto e gravados por uma criança de 11 anos que "não se esforçou para produzir algo parecido com uma nota completa".

“Em vez disso, a aluna A havia sido previamente aconselhada por sua mãe a anotar quaisquer comentários 'transfóbicos' do reclamante e se esforçou para fazê-lo no dia, e estavam contidos no e-mail de sua mãe e na subsequente 'declaração de testemunha'".

"Os comentários, portanto, não representam uma imagem completa do que o reclamante disse, nem a natureza da discussão na qual os comentários foram feitos".

O representante ainda alegou que a decisão do painel foi injusta porque a professora teria apresentado "suas próprias crenças pessoais como a verdade", mas não teve a chance de responder a isso.

Jack Anderson, do DfE, disse ao tribunal que a reivindicação deveria ser rejeitada; apontando que as denúncias relataram que Glawdys estava "falando sobre como os protestos LGBTQ estavam fazendo lavagem cerebral nas mentes dos jovens".

"O [painel] considerou que esses comentários eram inapropriados tendo em conta o dever dos professores e das escolas de fornecer um currículo amplo e equilibrado; o papel exclusivamente influente que os professores desempenham na formação de visões de mundo e o risco de introduzir preconceitos; e não levando em consideração outras vertentes de visões cristãs ou daqueles sem visões religiosas", acrescentou.

Ele também disse que a publicação da decisão do painel foi prescrita por lei e que não havia "nenhuma evidência" de que a professora tentou e não conseguiu obter emprego por causa da decisão.