Professora que fez saudação nazista em classe é repudiada pela Confederação Israelita
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Um vídeo de uma professora de uma escola do Paraná fazendo uma saudação nazista em sala de aula causou uma série de repercussões negativas durante a última semana. A docente, que ensinava redação, foi demitida, e seu comportamento foi repudiado não apenas pela instituição de ensino à que pertencia, mas também por órgãos nacionais relacionados ao combate do antissemitismo.
A mulher, que dava aulas no Colégio Sagrada Família, é vista na gravação fazendo uma saudação e, em seguida, estendendo sua mão direita para frente, gesto que era usado como cumprimento durante a Alemanha de Adolf Hitler, responsável pelo Holocausto.
No vídeo, é possível ver ainda que a professora usava uma bandeira do Brasil enrolada no corpo, e bottons favoráveis à reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Suas redes sociais também possuem postagens favoráveis ao candidato, conforme repercutido pelo g1.
A irmã Edites Bet, diretora do colégio onde o episódio ocorreu, declarou que a atitude da docente bolsonarista havia sido "um erro".
A orientação que a escola dá é a seguinte, que todos tenham uma postura neutra politicamente e respeitosa na sala de aula e também fora da sala de aula. Não é a postura da escola, não concordamos com o que aconteceu, foi um erro", afirmou ela.
Em um comunicado ao público, o Colégio Sagrada Família ainda que "não compactuava" e "não concordava" com a conduta da mulher.
Caso grave
Na última segunda-feira, 10, a situação foi comentada em nota pela própria Confederação Israelita do Brasil (Conib), que pediu pela investigação "rigorosa" do ocorrido, considerado de grande gravidade pela instituição.
Espera-se uma rigorosa apuração dos fatos e punição exemplar à referida profissional. O nazismo é um movimento que promove o ódio e a morte e executou o extermínio de 6 milhões de judeus e outras minorias, como ciganos e LGBTQIAP+, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele deve ser combatido de forma efetiva, conforme a legislação vigente", afirmou a Conib.
O advogado da professora, por sua vez, Alexandre Jorge, relatou em uma mensagem à Folha de São Paulo que o gesto teria sido mau-interpretado.
"O posicionamento dela é que não existiu qualquer gesto típico de saudação nazista. Foi no momento de descontração, no encerramento da aula, que se for se considerar gesto típico de alguma natureza seria saudação à bandeira e à pátria", justificou o representante legal.
Veja abaixo o vídeo que iniciou a questão: