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Quem veio primeiro? Entenda o novo estudo que diz ter sido a galinha
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Quem veio primeiro? Entenda o novo estudo que diz ter sido a galinha

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Aventuras Na História
11/07/2023 20h30
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©Divulgação/ Freepik/ Licença livre e Pixabay
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Um curioso artigo científico publicado pela revista Nature no último mês de junho fornece uma nova resposta para o famoso dilema do "quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?". 

Até então, um dos argumentos mais aceitos pela ciência seria de que foi o ovo, uma vez que dinossauros já colocavam ovos, e eles existiram milhões de anos antes da ave, sendo considerados inclusive como seus antepassados. Assim, enquanto a galinha apenas surgiu há 50 milhões de anos, o ovo possui uma história bem mais antiga, já podendo ser encontrado 340 milhões de anos atrás. 

Ilustração representando embrião dentro de ovo de dinossauro / Crédito: Divulgação/ Lida Xing

De acordo com Michael Benton, no entanto, que é especialista em paleobiologia e também o principal autor do estudo inusitado, a questão não é assim tão simples. 

Viviparidade 

Os animais são divididos em ovíparos, vivíparos e ovovivíparos. Os primeiros colocam ovos, os segundos tem seus embriões desenvolvidos no interior de seu corpo (como é o caso da espécie humana) e os ovovivíparos possuem um misto dos dois, produzindo ovos que, no entanto, não são expelidos, permanecendo dentro da mãe até o momento do nascimento.

De acordo com as pesquisas de Benton e sua equipe, por sua vez, os primeiros seres a deixarem de ser aquáticos, abandonando o ambiente original onde a vida surgiu no planeta Terra, possuíam uma "estratégia reprodutiva flexível" que alternava entre a oviparidade e a viviparidade. Ou seja, houve vezes em que uma mesma espécie podia apresentar ambos comportamentos, sem estar confinada a um só. 

A análise evolutiva indica retenção prolongada de embriões e viviparidade à medida que os tetrápodes (vertebrados terrestres) conquistaram totalmente a terra", explicou o cientista, conforme repercutiu o UOL. 

Naquele início, havia maior variação em relação à permanência do embrião no corpo da mãe, de forma que algumas espécies seriam capazes de reter sua prole até algum momento em que o ambiente externo fosse mais seguro para expeli-la — uma habilidade que ainda é observada em alguns répteis e anfíbios atuais. 

A retenção prolongada do embrião é comum e variável em lagartos e cobras hoje. Seus filhotes podem ser liberados, dentro de um ovo ou como pequenos seres contorcidos, em diferentes estágios de desenvolvimento, e parece haver vantagens ecológicas, talvez permitindo que as mães libertem seus filhotes quando as temperaturas são quentes o suficiente e os suprimentos de comida são ricos", apontou Dr. Joseph Keating, outro pesquisador que participou do projeto. 

Assim, caso as galinhas tenham evoluído a partir desses animais, isso significaria que a obrigatoriedade de colocar ovos viera mais tarde na trajetória que levou à ave. 

Fotografia de ovos de galinha / Crédito: Divulgação/ Freepik/ Licença Livre

Para alcançar essa conclusão, o artigo científico analisou fósseis de 51 espécies extintas e também os restos mortais de outras 29 espécies que ainda existem hoje, segundo informado pelo portal Science Direct. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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