Relatório do Ministério da Defesa sobre sistema eleitoral não indica fraude
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Nesta quarta-feira, 9, o Ministério da Defesa entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relatório da fiscalização das urnas eletrônicas de votação, comprovando que não houve fraude no resultado das urnas eletrônicas.
Assinalo que o trabalho restringiu-se à fiscalização do sistema eletrônico de votação, não compreendendo outras atividades, como, por exemplo, a manifestação acerca de eventuais indícios de crimes eleitoral", destaca o texto.
O relatório também destaca 'melhorias' para o TSE aplicar no sistema eleitoral.
"Do trabalho realizado, destaco dois pontos. Primeiro, foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo. Segundo, dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento", continua o texto.
Em seguida, a análise pede que a corte eleitoral 'atenda ao que fora sugerido'.
"Em consequência, solicito à Corte Eleitoral atender ao sugerido pelos técnicos militares no sentido de: - realizar uma investigação técnica para melhor conhecimento do ocorrido na compilação do código-fonte e de seus possíveis efeitos; e - promover a análise minuciosa dos códigos binários que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas".
O relatório
Na última segunda, 7, foi divulgada pelo Ministério da Defesa uma nota que anunciava o encaminhamento do relatório: “O Ministério da Defesa informa que, no próximo dia 9 novembro, quarta-feira, será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas".
Em 30 de setembro, o ministério explicou ao Tribunal de Contas da União que iria coletar os boletins de urna a fim de realizar a checagem da totalização dos votos. Em resposta, a Defesa disse que pretende usar os boletins apenas para conferir se os votos sofrem alterações durante a transmissão dos dados ao TSE.
Especulações presidenciais
Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro questionou algumas vezes a segurança e veracidade dos resultados da urna eletrônica. Inclusive, a atuação das Forças Armadas na fiscalização das eleições vem sendo usada para justificar seu esforço de descrença nas urnas.
Devido à desconfiança de Bolsonaro acerca da inviolabilidade das urnas, os apoiadores do presidente tomaram medidas drásticas para exibirem apoio ao pensamento dele. Durante a última semana, bolsonaristas ocuparam rodovias de 16 estados brasileiros com uma paralisação de caminhões, como forma de protesto contra o resultado das eleições presidenciais.