Home
Notícias
Relembre a descoberta do esqueleto de 'retalhos' da Bélgica
Notícias

Relembre a descoberta do esqueleto de 'retalhos' da Bélgica

publisherLogo
Aventuras Na História
01/12/2024 17h00
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16410116/original/open-uri20241201-18-1hpid4a?1733072492
©Paumen, Wargnies e Demory, Fédération Wallonie-Bruxelas
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Uma recente investigação arqueológica, divulgada no começo do mês, em Pommerul, na Bélgica, trouxe à tona revelações surpreendentes acerca de um esqueleto encontrado em um cemitério romano de cremação.

Pesquisadores revelaram que os restos mortais, datados originalmente da era romana, na verdade, remontam a 2,5 mil anos antes do que se acreditava. A análise revelou que os ossos pertencem a, pelo menos, cinco indivíduos distintos de diferentes épocas.

O esqueleto foi inicialmente identificado na década de 1970 entre outros 76 sepultamentos. No entanto, sua peculiaridade já era evidente: o corpo estava em posição fetal, algo raro em contextos funerários romanos. Durante anos, essa particularidade foi ignorada até que, em 2019, uma equipe liderada pela especialista Barbara Veselka retomou as investigações no local.

Diferentes períodos

Utilizando avançadas técnicas de datação por radiocarbono e sequenciamento de DNA antigo, os cientistas confirmaram que os ossos representavam pessoas de três períodos distintos do Neolítico (7.000 a 3.000 a.C.).

Esqueleto
O esqueleto encontrado com diferentes ossos - Paumen, Wargnies e Demory, Fédération Wallonie-Bruxelas

"É provável que mais de 5 indivíduos tenham contribuído para construir o 'indivíduo', mas 5 foram confirmados por DNA", disse Veselka, líder da pesquisa, ao site Live Science. “Um pino de osso romano encontrado perto do crânio foi datado por radiocarbono de 69 a 210 d.C., e a análise genética do crânio determinou que era de uma mulher que viveu na época romana, por volta do terceiro ao quarto século”.

Esses achados levaram os especialistas a formular hipóteses sobre o processo de composição do esqueleto. Uma das teorias sugere que romanos possam ter perturbado acidentalmente uma sepultura neolítica ao enterrar restos cremados de seus contemporâneos, integrando inadvertidamente artefatos antigos à tumba moderna.

Outra possibilidade é a criação deliberada de um "esqueleto de retalhos", com os romanos agrupando ossos neolíticos dispersos com partes da era romana para formar um conjunto completo.

Os pesquisadores teorizam que tal ação pode ter sido motivada por superstições ou pela intenção de conectar-se com civilizações passadas.

Além das diferenças culturais evidentes entre as épocas, ambos os povos podem ter escolhido o local do sepultamento pela proximidade com um rio, uma característica geográfica historicamente associada à importância espiritual e prática para muitas civilizações.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também