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Relembre a investigação do FBI que descobriu um centro de experimentos em cadáveres
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Relembre a investigação do FBI que descobriu um centro de experimentos em cadáveres

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Aventuras Na História
02/12/2022 23h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15320840/original/open-uri20221202-18-7s6ni6?1669993309
©Divulgação/Vídeo/12news
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No ano de 2019, detalhes de uma operação feita em Phoenix, nos EUA, relembraram um caso insólito ocorrido em janeiro de 2014. Naquele ano, o FBI invadiu o Centro de Recursos Biológicos, nos EUA, e descobriu um cenário perturbador no local que recebia corpos de pessoas que faleceram. 

Ao invadirem o local, as autoridades encontraram um cenário que parecia ter sido tirado de um filme: em um depósito, encontraram uma geladeira que preservava membros do corpo humano, sangue e até mesmo uma cabeça que estava costurada num outro corpo. 

Naquele dia, as autoridades envolvidas se depararam com 10 toneladas de restos mortais humanos congelados, o que englobava um total de 281 cabeças, 337 pernas e 241 ombros.

O que disse o dono?

Os documentos que envolvem o caso foram explanados pelo The Arizona Republic em 2019, que tiveram acesso a uma ação civil contra a companhia que revelou o cenário bizarro. 

O 12news, que fez um podcast sobre o caso em 2021, destacou que o dono da companhia, Stephen Gore, assumiu em 2015 a culpa do manuseio incorreto dos corpos. Segundo ele, a empresa, de fato, forneceu tecidos de corpos contaminados, além do uso não ter seguido o que os doadores acreditavam que aconteceria quando aceitaram ceder os cadáveres. 

Divulgação/Vídeo/12news

A empresa alegava que os corpos recebidos seriam utilizados apenas na pesquisa de doenças, algo comum na medicina. No entanto, o destino dos corpos era perturbador: a companhia foi acusada de desmembrar e os restos mortais sem o mínimo de cuidado, além de vender órgãos ao redor do mundo. 

"Eu não conseguia dormir à noite depois de ver isso", disse à Reuters Matthew Parker. Ele era um dos agentes envolvidos na invasão do local e optou por se aposentar diante do distúrbio de estresse pós-traumático como consequência do bizarro episódio.

'Piada mórbida'

Mark Cwynar, antigo agente do FBI, descreveu o cenário encontrado. Ele disse que os corpos pareciam ter sido tratados como uma 'piada mórbida'. O ex-agente disse ter se deparado com a cabeça de um corpo feminino costurada num enorme corpo de um homem, este pendurado na parede. 

Divulgação/Vídeo/12news

Ainda sobre a venda dos corpos, a acusação presente no documento até mesmo listou preços que seriam ofertados pelos membros dos corpos. Por exemplo, o corpo inteiro - que não contava com ombros ou a cabeça - poderia ser comprado por 2.900 dólares. Já o torso com a cabeça era avaliado em 2.400 dólares. 

Quanto a perna, por exemplo, aqueles interessados na compram poderiam desembolsar 1.100 dólares, enquanto o pé inteiro fora avaliado em 450 dólares e o joelho em R$ 375.

Em 2017, a agência de notícias Reuters, investigou que a empresa conseguiu doações de mais de 5 mil pessoas. Quanto às partes dos corpos humanos, mais de 20 mil tiveram como destino foram distribuidos em instalações de pesquisa ou treinamento médico.

Divulgação/Vídeo/12news

No tribunal, em 2019, 10 dos 21 demandantes tiveram uma resposta do caso. Eles receberam 58 milhões de dólares através de uma ação movida contra o dono e a empresa. Desse valor, 50 milhões em danos punitivos e 8 no que se refere aos danos compensatórios.

Uma das pessoas afetadas pelas atividades ilegais foi Gwen Aloai, que doou o corpo do marido. A investigação revelou que o corpo dele foi desmembrado, sendo revelado em diferentes estados.

Gwen Aloai, que recebeu US$ 5,5 milhões, disse que o corpo doado de seu marido foi desmembrado e suas partes foram descobertas em diferentes estados. 

Meu coração está partido. Você conhece essas pessoas durante todo o julgamento. Pessoas que eu nunca conheci antes, os outros queixosos e há algumas pessoas gentis, doces e adoráveis ​​que foram totalmente aproveitadas", desabafou ela em novembro de 2019. 
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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