Réu pelo assassinato do jogador Daniel Corrêa alega sofrer tortura na prisão
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Em 2018, o meio-capista Daniel Corrêa foi brutalmente assassinado por Edison Brittes Júnior. O crime aconteceu após a festa de aniversário de 18 anos da filha do empresário, Allana Brittes.
Na ocasião, o atleta que pertencia ao São Paulo, mas estava emprestado ao São Bento de Sorocaba, foi acusado de assediar a mãe da aniversariante e esposa de Edison — que confessou ter cometido o crime para defendê-la.
Posteriormente, as investigações negaram a tentativa de estupro por parte do jogador, que acabou sendo degolado e teve suas genitálias mutiladas antes de ser jogado em um matagal. Brittes Júnior foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e está preso preventivamente desde então — ele ainda aguarda julgamento.
Agora, segundo repercutido pelo UOL, Edison alega estar sofrendo maus tratos e tortura de policiais na cadeia de Piraquara, no Paraná, onde está detido. A denúncia foi feita a familiares através de uma carta.
Preciso sair daqui, olha o que eu passo aqui, há 1 ano já sendo torturado, isolado, tirado visita. Daqui a pouco eles me matam e falam que me matei", declarou.
Pedido de transferência
O réu também alegou que apanhou e vem sendo constantemente ameaçado por dois agentes penitenciários. Edison, ainda, aponta que recebe comida estragada e é mantido, por longos períodos, em isolamento total, em celas sem luz.
"Queriam 'raspar na gilete' meu cabelo para que eu pudesse ir pra visita, uma lei que não existe, eles que inventaram para me denegrir", declarou em uma carta datada de fevereiro de 2022.
Eu disse que não ia raspar, eles me deram outra falta grave 30 dias de castigo”, completou.
Por conta das mensagens, o advogado Claudio Dalledone Júnior pede ao Judiciário para que seu cliente seja transferido de cadeia. As missivas também foram usadas pela família de Edison para uma denúncia de “ameaça e abuso de autoridade”.
Por conta disso, um inquérito policial foi aberto, o que acabou sendo constatado por um médico legista que Brittes apresentava hematomas e cicatrizes em seu corpo após ter feito uma denúncia de agressão.
Com isso, os dois agentes acusados pelo réu estão sendo investigados. Apesar disso, o policial Miro Guedes, do Departamento de Polícia Penal do Paraná, que cuida das cadeias do estado, declarou, em nota, que Edison vem tendo seus direitos respeitados,
"O PPL [pessoa privada de liberdade] tem todos os seus direitos preservados tendo o evento de convívio com os demais presos costumeiramente, salientando que por faculdade deste, opta por não desfrutá-lo, permanecendo em seu alojamento", afirmou Guedes.