Russa de 13 anos é proibida de contato com pai após condenação por críticas
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Uma adolescente russa de 13 anos, internada em um centro para menores, foi proibida de ter contato com o seu pai que foi condenado por "desacreditar" o Exército russo na Ucrânia. A ONG OVD-Info informou a situação de Maria Moskaleva, nesta quarta-feira, 8.
A adolescente da região de Tula, ao sul de Moscou, foi encaminhada a um centro para menores em Yefremov, depois da prisão de seu pai e agora autoridades russas a impedem de telefonar para o pai.
Foram julgados, multados ou presos, milhares de russos que criticaram publicamente o conflito ou alegaram abusos das forças russas na Ucrânia, como repercutido pelo O Globo.
Maria Moskaleva (...), que acabou em um centro para menores após a prisão domiciliar de seu pai, Alexei Moskalev, não pode telefonar para ele", disse a OVD-Info depois de falar com o advogado da família.
Publicação
Maria Moskaleva, em abril de 2022, durante a sua aula de artes, fez um desenho contra a intervenção militar russa na Ucrânia. Como reportado pelo veículo da oposição Meduza, nesse desenho, ela escreveu frases como "Não à guerra" e "Glória à Ucrânia".
A menina e seu pai foram interrogados e, no mesmo mês, um tribunal local multouAlexei Moskalev em US$ 420 (cerca de R$ 2.158) por escrever comentários criticando a ofensiva russa através das redes sociais.
A polícia retornou à casa da adolescente e de seu pai, quase um ano depois, em 1º de março, quando eles eram acusados de, por novas publicações, "desacreditar o Exército" na Internet.
Segundo informações da agência de notícias russa Ria Novosti, as autoridades colocaram Moskalev em prisão domiciliar e levaram a menina para um centro para menores.