Rússia prende cidadão americano por suspeita de espionagem
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Nesta quinta-feira, 19, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) emitiu um comunicado informando a detenção de um cidadão americano suspeito de espionagem. Em nota, Moscou informou que o detido "é suspeito de coletar informações sobre questões biológicas que seriam dirigidas contra a segurança da Federação Russa".
Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, o anúncio aumentou as tensões entre Rússia e Estados Unidos a respeito da disputa por produtividade das agências de inteligência de ambos os territórios e dos outros casos de americanos presos no país sob a mesma acusação.
A decisão foi comunicada com base no artigo 276 do Código Penal russo, que estabelece que qualquer forma de espionagem é considerada grave. Na justiça, as penas variam entre 10 a 20 anos de detenção.
Armas biológicas
Em outra ocasião, as autoridades russas informaram o Conselho de Segurança da ONU que os Estados Unidos teriam construído 30 laboratórios na Ucrânia contendo equipes de desenvolvedores de armas biológicas, como patógenos da cólera.
No entanto, as acusações foram consideradas um pretexto para que a Rússia desviasse as atenções das tensões políticas com o início da guerra e dos conflitos armados no território. Além disso, Washington informou que as bases de saúde são reconhecidas em todo o mundo, pelo Tratado de Cooperação da Lei Nunn-Lugar, e que os especialistas trabalham na prevenção de pandemias e epidemias.
Outras condenações
As prisões de estrangeiros nas regiões russas não são um fato recente. Em 2008, por exemplo, o ex-marinheiro americano Paul Whelan, 52, foi condenado por espionagem no território comandado por Vladimir Putin. Durante o julgamento, ele afirmou ter sido vítima de um “caso forjado” motivado por questões políticas.
Outro caso foi o de Taylor Dudley, preso por entrar de forma irregular na Rússia, depois do começo da guerra. Posteriormente, o Kremlin liberou o veterano do exército com a condição de que outro americano assumisse seu lugar.