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Seita do Jejum: quem é o líder preso e suspeito pela morte de fiéis no Quênia
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Seita do Jejum: quem é o líder preso e suspeito pela morte de fiéis no Quênia

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Aventuras Na História
27/04/2023 20h13
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15524573/original/open-uri20230427-18-190u0gl?1682626574
©O pastor Paul Mackenzie Nthenge
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Nos últimos dias, autoridades quenianas se depararam com um caso grave de fanatismo religioso: dezenas de pessoas vieram a óbito depois de passarem dias sem comer ao seguirem as ordens de seu pastor.

O objetivo era morrer antes da chegada do dia 15 de abril, que, segundo o líder religioso, seria a data do fim do mundo.

O pastor em questão é Paul Mackenzie Nthenge, quem atuava como taxista antes de entrar para a vida religiosa, no ano de 2003. Ele se entregou à polícia no último dia 14, depois que foram feitas denúncias de que pessoas estariam morrendo de fome para conhecer Jesus devido a uma lavagem cerebral.

Corpos

De acordo com o portal de notícias O Globo, a polícia já encontrou ao menos 89 corpos em uma floresta perto de Malindi, onde fica a denominação religiosa do pastor, a Igreja Internacional das Boas Novas. É importante dizer que muitas das vítimas são crianças.

Infelizmente, o número de mortos pode ser ainda maior, já que ainda há 212 pessoas dadas como desaparecidas. Por esse motivo, os investigadores seguem à procura de corpos em valas comuns na área.

Dezenas de corpos de seguidores do pastor foram encontrados / Divulgação / vídeo / Youtube

 

Como apurou a fonte, esta não é a primeira vez que o queniano é preso. De 2017 para cá foram duas prisões antes da atual, as quais se deram em razão das pregações extremas realizadas por ele.

Radicalização

Há vários anos, Mackenzie lançou um programa intitulado "Mensagem dos últimos tempos", que tinha o objetivo de difundir "ensinamentos, pregações e profecias sobre o final dos tempos, comumente chamados escatologia".

Já em 2017 o pastor criou um canal no Youtube no qual passou a postar vídeos para alertar fiéis sobre 'práticas supostamente demoníacas', tais como o uso de perucas e transações digitais sem dinheiro vivo.

Mais tarde, naquele mesmo ano, Nthenge seria preso por "radicalização" depois de promover a não escolarização das crianças, argumentando que a educação não era reconhecida pela Bíblia.

O pastor Mackenzie é ex-taxista / Crédito: Divulgação / vídeo / Youtube

Nova igreja

Dois anos depois, o líder religioso fechou sua antiga igreja e fundou uma nova na pequena cidade de Shakahola, já que teria tido uma revelação de que "tinha chegado a hora de parar".

Ao portal Nation, o pastor disse que desde a mudança, somente rezava com aqueles que escolheram acreditar nele.

Novas prisões

Em março deste ano, o queniano foi preso novamente, depois que foi vinculado à morte de duas crianças que teriam morrido de fome após suas instruções. Ele havia recomendado a seus seguidores "jejuar até a morte para se encontrar com seu criador". O homem, porém, foi solto após pagar uma fiança de US$ 700.

Menos de três semanas depois, porém, foram encontrados os primeiros corpos do que tem sido chamado o "Massacre da Floresta Shakahola". Agora, Nthenge se encontra mais uma vez sob custódia policial depois de se entregar às autoridades. O pastor deve comparecer ao tribunal no próximo dia 2.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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