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Stonehenge: A nova teoria sobre a origem e o propósito da Pedra do Altar
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Stonehenge: A nova teoria sobre a origem e o propósito da Pedra do Altar

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Aventuras Na História
20/12/2024 23h30
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©Getty Images
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Um dos maiores mistérios da humanidade, Stonehenge, continua a revelar seus segredos. Um novo estudo, publicado na revista Archaeology International, sugere que a construção megalítica serviu como um poderoso símbolo de união entre os povos da Grã-Bretanha, reunindo comunidades distantes em torno de um propósito comum.

A pesquisa, liderada por Mike Parker Pearson, professor de pré-história britânica tardia no Instituto de Arqueologia da University College London, teoriza que a Pedra do Altar, um dos elementos mais icônicos de Stonehenge, cujo peso é aproximadamente 6 toneladas, foi transportada por mais de 700 quilômetros do nordeste da Escócia para o sul da Inglaterra, em uma jornada épica que durou meses.

+ Pedra do altar de Stonehenge é originária de mais de 700 km do monumento

A análise da composição química da Pedra do Altar, combinada com estudos anteriores sobre as outras pedras de Stonehenge, permitiu aos pesquisadores traçar a origem do monólito de 6 toneladas até a Escócia. A viagem, realizada por volta de 2620 a 2480 a.C., exigiu um esforço colossal e a cooperação de milhares de pessoas.

"Há boas evidências que sugerem que esses grandes monólitos de pedra têm significado ancestral, representando e até mesmo incorporando os ancestrais das pessoas que os colocaram. (A localização da Pedra do Altar) em Stonehenge é importante, pois se você estiver no centro do círculo de pedras, o solstício de inverno se põe sobre seu meio", seguiu o professor.

Transporte

Segundo a CNN, os pesquisadores acreditam que a Pedra do Altar foi transportada em um trenó de madeira sobre trilhos, com a ajuda de milhares de pessoas. A jornada teria sido uma oportunidade para celebrar a união entre os povos da Grã-Bretanha e fortalecer laços ancestrais.

"Embora a roda tenha sido inventada em outro lugar, ela ainda não havia chegado à Grã-Bretanha, então os enormes blocos de pedra provavelmente teriam que ser arrastados por um trenó de madeira deslizando sobre trilhos de madeira que poderiam ser continuamente levantados e recolocados", apontou Pearson.

"Eles teriam levado uma coordenação significativa em toda a Grã-Bretanha — as pessoas estavam literalmente se unindo — em uma época anterior aos telefones e e-mails para organizar tal esforço", seguiu.

União

A construção de Stonehenge, com suas pedras provenientes de diferentes regiões da Grã-Bretanha, representa um marco na história da ilha. O monumento serviu como um centro religioso, um calendário solar e um símbolo de identidade para os povos neolíticos.

Os pesquisadores sugerem que a reconstrução de Stonehenge foi uma estratégia para unir diferentes grupos sociais em um momento de grandes mudanças, como uma resposta à chegada de novos povos na região.

"Em 16 gerações ao longo de 400 anos, parece que a maioria das pessoas tinha ancestrais que eram uma mistura dos dois, mas essa era uma mistura de 90% de imigrantes e 10% de fazendeiros indígenas", disse Mike.

A reconstrução de Stonehenge, com a inclusão da Pedra do Altar, ocorreu em um período de grandes transformações na Grã-Bretanha. A chegada de novos grupos populacionais da Europa, por volta de 2500 a.C., gerou uma necessidade de unir os diferentes povos e criar uma nova identidade compartilhada.

"A construção de Stonehenge foi uma resposta a uma crise de legitimação provocada por esse influxo de novas pessoas", explica Parker. "Era uma tentativa de unir a população de fazendeiros neolíticos e os recém-chegados."

Próximos passos

Richard Bevins, professor de geografia e ciências da Terra na Universidade Aberystwyth e coautor da pesquisa, destaca que os próximos passos envolvem aprofundar os estudos geológicos para determinar, com precisão, a pedreira escocesa de onde a Pedra do Altar foi extraída.

"É realmente gratificante que nossas investigações geológicas possam contribuir para a pesquisa arqueológica e a história que se desenrola, pois nosso conhecimento tem melhorado tão dramaticamente nos últimos anos", disse Bevins no estudo.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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