Treinamento intensivo: Ratos gigantes africanos se tornam arma contra o tráfico de animais
Aventuras Na História
Em uma reviravolta surpreendente no combate ao tráfico de animais, ratos gigantes africanos estão se revelando como poderosos aliados. Pesquisadores da ONG Apopo, na Tanzânia, treinaram esses roedores para detectar produtos de animais silvestres contrabandeados, como escamas de pangolim, chifres de rinoceronte e marfim de elefante.
Com um olfato excepcional, os ratos foram capazes de identificar esses materiais ilegais mesmo quando escondidos em meio a uma variedade de itens comuns, como folhas, perucas e até sabão em pó.
Após meses de treinamento intensivo, os animais demonstraram uma memória olfativa impressionante, conseguindo detectar os produtos contrabandeados mesmo sem contato recente com eles.
A utilização de ratos para essa finalidade não é novidade. A Apopo já emprega esses roedores na detecção de minas terrestres e tuberculose. No entanto, a aplicação no combate ao tráfico de animais representa um avanço significativo na luta contra esse crime que movimenta bilhões de dólares anualmente.
Ferramenta promissora
Segundo 'O Globo', em testes de campo realizados em um porto da Tanzânia, os ratos demonstraram uma taxa de acerto de 85% na detecção de amostras plantadas em contêineres.
Essa alta eficiência os torna uma ferramenta promissora para a fiscalização em portos e aeroportos, onde o contrabando de animais costuma ocorrer.
A pesquisa, publicada na revista científica Frontiers in Conservation Science, abre novas perspectivas para o uso de animais em ações de conservação. Os ratos gigantes africanos, com sua capacidade de detectar odores de forma precisa e eficiente, podem se tornar uma ferramenta indispensável na luta contra o tráfico de animais e na proteção da biodiversidade.