Trump celebra 'recuperação do canal do Panamá' após compra feita por empresa

Aventuras Na História






O acordo liderado pela empresa norte-americana BlackRock para a aquisição da maior parte dos negócios portuários do conglomerado de Hong Kong CK Hutchison, avaliados em US$ 22,8 bilhões, foi celebrado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A negociação inclui ativos estratégicos ao longo do Canal do Panamá, dando ao consórcio norte-americano o controle de portos fundamentais na região.
A iniciativa ocorre em meio aos esforços da Casa Branca para afastar esses ativos do que considera influência chinesa. No entanto, a transação também pode agravar as tensões entre os EUA e o Panamá, especialmente após declarações de Trump sobre o canal.
"Meu governo recuperará o Canal do Panamá e já começamos a fazer isso", afirmou Trump ao Congresso na noite de terça-feira, segundo a Reuters. "Hoje mesmo uma grande empresa norte-americana anunciou que está comprando os dois portos ao redor do Canal do Panamá e muitas outras coisas que têm a ver com o Canal do Panamá e alguns outros canais."
Reação
O presidente panamenho, José Raúl Mulino, reagiu rapidamente, contestando as declarações de Trump. Em uma publicação no X, na manhã de quarta-feira, Mulino afirmou que o canal permanece sob controle do Panamá. "O Canal do Panamá não está no processo de ser recuperado — o Canal é panamenho e continuará sendo panamenho!", declarou.
Segundo a CK Hutchison, o acordo prevê a transferência de 90% da Panama Ports Company, responsável há mais de 20 anos pela operação dos portos de Balboa e Cristóbal, localizados nas extremidades do canal.
A importância estratégica do Canal do Panamá é inegável. No último ano, cerca de 12.000 navios cruzaram a via, conectando 1.920 portos em 170 países. Mais de três quartos dessas embarcações tinham origem ou destino nos Estados Unidos, evidenciando a relevância da rota para o comércio norte-americano.


