Trump promete liberar arquivos sobre assassinato dos Kennedy e Martin Luther King
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Durante comício da vitória em Washington, no último domingo, 19, o presidente norte-americano eleito Donald Trump prometeu divulgar uma série de arquivos governamentais, ainda ocultos, sobre os assassinatos de John F. Kennedy, Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr.
Segundo Trump, a medida seria um esforço para aumentar a transparência de seu governo. Durante o evento, ele prometeu tomar medidas direcionando essas divulgações dentro "dos próximos dias".
"Como primeiro passo para restaurar a transparência e a responsabilização do governo, também reverteremos a classificação excessiva de documentos governamentais", disse, conforme repercute o NY Post.
E nos próximos dias, tornaremos públicos os registros restantes relacionados aos assassinatos do presidente John F. Kenedy, seu irmão Robert Kennedy, bem como do Dr. Martin Luther King Jr.", acrescentou.
Registros desclassificados
Durante seu primeiro governo, entre 2017 e 2021, Donald Trump considerou a divulgação de arquivos sobre o assassinato de JFK, seguindo a Lei de Coleta de Registros de Assassinato do Presidente John F. Kennedy de 1992 — que estabeleceu o ano de 2017 para a divulgação dos documentos restantes.
Porém, o presidente enfrentou grande resistência de luminares da segurança nacional, como o ex-diretor da CIA, Mike Pompeo — que mais tarde se tornou secretário de Estado.
Por conta disso, Trump liberou apenas uma parcela dos arquivos e depois adiou a divulgação completa dos documentos para outubro de 2021, mas acabou não divulgando todos. Seu sucessor, Joe Biden, teve uma atitude semelhante.
Segundo a CNN, pouco mais de 95% dos registros da CIA sobre o assassinato de JFK já foram divulgados. Kennedy foi morto em 22 de novembro de 2013.
Embora as investigações sobre sua morte apontem que Lee Harvey Oswald agiu por conta própria quando atirou na cabeça do ex-presidente. Ainda assim, há muitos céticos dessa conclusão e perguntas que permanecem sem resposta.
Em sua campanha, Trump indicou que planejava liberar tudo que ainda estava trancado a sete chaves sobre JFK. Ainda no domingo, o presidente eleito apontou que irá além e disse que liberará documentação governamental pendente sobre Robert Kennedy e Martin Luther King.
Segundo a Lei de Coleta de Registros Martin Luther King Jr., os arquivos restantes sobre o ícone dos Direitos Civis não deveriam ser divulgados antes de 2027. Trump, porém, não entrou em detalhes sobre se ele iria acelerar isso.
Os comentários acontecem um dia antes do Dia de Martin Luther King Jr., que coincide com a data de posse de Trump.
As agências federais, incluindo o FBI, conduziram vigilância sobre o ministro batista que fez campanha contra as leis de Jim Crow, mas nem todos esses detalhes são de conhecimento público. Luther King foi assassinado em Memphis, Tennessee, em 4 de abril de 1968. Já Robert Kennedy foi morto em 6 de junho de 1968.