Menina sequestrada no RS foi atraída com promessa de picolé e mantida em alçapão por homem

Uma menina foi encontrada escondida dentro de um alçapão, em um buraco, após desaparecer na tarde de terça-feira (25). A principal linha de investigação da polícia indica que a criança foi vítima de abuso sexual durante o tempo em que esteve em poder do sequestrador. "A garotinha estava escondida no alçapão, dentro de um buraco. Provavelmente foi abusada, agora vai depender das perícias, mas pelo que a gente constatou, ela foi abusada sexualmente durante a noite", afirmou o delegado Alexandre Souza à RBS TV.

Apesar do trauma, a menina não corre risco de vida. Segundo as autoridades, ela passará por exames médicos detalhados e receberá acompanhamento psicológico especializado para lidar com as consequências do ocorrido. O homem preso pelo crime tem um extenso histórico criminal, incluindo feminicídio, tráfico de drogas, furto em veículo, crueldade contra animais e lesão corporal, o que levanta questionamentos sobre sua presença em liberdade.

De acordo com o pai da criança, ela havia saído de casa no fim da tarde para brincar na praça próxima à residência, como fazia frequentemente. No entanto, ao notar a demora para seu retorno, os familiares deram início às buscas. A comunidade local se mobilizou, espalhando cartazes e utilizando um carro de som para divulgar o desaparecimento. Durante essa busca, o pai da menina chegou à loja de conveniência onde a criança estava presa. Ao questionar o homem sobre o paradeiro da filha, percebeu comportamentos suspeitos, como a música alta no estabelecimento e um arranhão no nariz do suspeito.

PAI DESCONFIOU DE SUSPEITO

Imagens de câmeras de segurança registraram a menina entrando na loja, o que levou à ação imediata da Brigada Militar e da Polícia Civil. No local, os agentes ouviram gritos de socorro e iniciaram uma busca. A criança foi encontrada aprisionada em um compartimento escondido dentro do comércio. O resgate gerou forte comoção e revolta na comunidade.

A detenção do dono da loja de 61 anos, desencadeou uma reação violenta por parte da população. Assim que a prisão foi anunciada, uma multidão invadiu o estabelecimento e agrediu o suspeito. Os policiais tentaram conter os ataques e proteger o homem, mas a revolta se intensificou, resultando na depredação do comércio e de um veículo. Para dispersar os manifestantes, a Brigada Militar precisou intervir com balas de borracha, gás de efeito moral e spray de pimenta. O caso segue em investigação pelas autoridades.