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Tiroteio no Rio de Janeiro termina com morte de pastor e protesto com ônibus incendiados
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Tiroteio no Rio de Janeiro termina com morte de pastor e protesto com ônibus incendiados

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20/10/2025 23h05
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Um homem morreu na manhã desta segunda-feira, 20, após ser baleado durante uma intensa troca de tiros entre policiais militares e criminosos armados no Complexo do Chapadão, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A vítima foi identificada como Eduardo Oliveira dos Santos, de 45 anos. Segundo moradores da região, ele trabalhava como pintor, também atuava como pedreiro e era pastor evangélico. De acordo com testemunhas, Eduardo passava de bicicleta pela localidade conhecida como Final Feliz quando foi atingido por um tiro nas costas.

Apesar de ter sido socorrido às pressas por moradores da comunidade e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque, Eduardo não resistiu aos ferimentos. A informação da morte foi confirmada pela Fundação Saúde, órgão responsável pela administração da unidade médica.

Parentes da vítima afirmaram que Eduardo não morava no Complexo do Chapadão. Ele havia ido até o local apenas para visitar uma de suas irmãs, que reside na comunidade. Ainda segundo familiares, ele não tinha envolvimento com o tráfico e era bastante conhecido na região por seu trabalho como líder religioso em uma igreja evangélica.

“Ele só estava indo ver a irmã. Nunca se envolveu com nada errado. Era um homem trabalhador, de fé. Todo mundo gostava dele”, disse um morador que preferiu não se identificar.

A operação policial foi realizada por agentes do 41º Batalhão de Polícia Militar (Irajá), que informaram ter iniciado a ação com o objetivo de combater a atuação de grupos criminosos envolvidos em disputas por território e no roubo de cargas e veículos nas principais vias de acesso ao Chapadão. Segundo a corporação, durante a incursão, os policiais foram recebidos a tiros por traficantes armados, o que deu início ao confronto.

Após o cessar dos disparos, os agentes disseram ter sido informados de que um homem havia sido baleado e encaminhado à UPA da região. Diante disso, a corporação afirma que instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias da morte de Eduardo e avaliar a dinâmica da operação.

Até o momento, a PM não divulgou se houve prisões ou apreensões de armas e drogas durante a ação. A corporação também não esclareceu se o disparo que atingiu Eduardo partiu da polícia ou de criminosos.

A morte do pastor gerou revolta entre moradores da comunidade. No início da tarde, manifestantes interditaram ruas próximas ao local do tiroteio e usaram ao menos dois ônibus para montar barricadas em chamas. As chamas foram controladas posteriormente pelo Corpo de Bombeiros, mas o trânsito na região ficou completamente parado por várias horas.

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado inicialmente na 31ª Delegacia de Polícia (Ricardo de Albuquerque), mas será encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que ficará responsável pelas investigações. “Diligências estão em andamento para apurar os fatos”, informou o órgão, sem dar mais detalhes.

A família da vítima pede justiça e cobra uma apuração rigorosa. “Queremos saber o que aconteceu. Ele saiu de casa para visitar a irmã e não voltou mais. Não podemos aceitar que isso fique impune”, declarou um parente.

A morte de Eduardo reacende o debate sobre os impactos das operações policiais em áreas de comunidades do Rio de Janeiro, que frequentemente resultam em vítimas civis. Organizações de direitos humanos criticam a letalidade das ações e cobram mais controle e transparência nas abordagens policiais em regiões vulneráveis.

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