Alckmin defende carne na cesta básica e critica rejeição de imposto sobre armas
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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) destacou hoje a importância de incluir a carne na cesta básica, que agora também terá alíquota zero, porém criticou a retirada do dispositivo que previa imposto seletivo para armamentos. As mudanças estão presentes na regulamentação da reforma tributária, que foi aprovada pela Câmara na última quarta-feira (10).
Após intensos debates, a regulamentação isentou o imposto sobre carnes e estabeleceu uma taxa adicional para produtos e serviços que são considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, entre eles: apostas esportivas, bebidas alcoólicas, refrigerantes e cigarros.
Durante um evento do Sebrae em Brasília, Alckmin defendeu que "colocar comida na cesta básica não é ruim, o ruim é você tirar do [imposto] seletivo, arma". A referência se deve ao fato de que a bancada do PSOL tentou incluir as armas de fogo no imposto seletivo por meio de uma emenda, mas a alteração sofreu rejeição no plenário, pressionado pela chamada "bancada da bala". A contradição sobre a rejeição do imposto sobre o armamento se aprofunda considerando-se que outros produtos prejudiciais à vida, como bebidas e apostas receberam uma taxa adicional.
Já a inclusão da carne na cesta básica foi considerada uma espécie de reviravolta. A carne havia ficado fora da alíquota zero, nas discussões sobre a reforma que aconteceram uma semana antes. Apesar da oposição do Ministério da Fazenda, a isenção da carne contou com o apoio do presidente Lula (PT), que havia prometido reduzir o preço do produto durante sua campanha eleitoral. A justificativa do governo é que a isenção favorece as classes mais baixas.
Absorventes higiênicos também passarão a ter alíquota zero. Os absorventes já faziam parte da cesta básica desde 2021, quando foi aprovada a Lei da Dignidade Menstrual, mas até então tinham alíquota reduzida em 60%.
Segundo a proposta sobre a nova cesta básica, a ideia é proporcionar segurança alimentar e nutricional, dando prioridade a produtos in natura ou que passaram por pouco processamento. A proposta visa adequar-se aos dispositivos legais sobre alimentação adequada como direito humano, presentes em diversos tratados internacional e expresso na atual Constituição Federal.
Veja os produtos que terão alíquota zero:
- Arroz
- Leite
- Manteiga
- Margarina
- Feijões
- Raízes e tubérculos
- Cocos
- Café
- Óleo de soja e de babaçu
- Farinha de mandioca
- Farinhas de milho
- Farinha de trigo
- Açúcar
- Massas
- Pão comum
- Óleo de milho
- Aveia
- Carnes em geral
- Peixes (exceto atum, salmão e bacalhau)
- Queijos
- Sal
- Hortícolas (plantas e produtos para cultivo)
- Absorventes
- Frutas
- Ovos
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