Bolo envenenado: suspeita recebeu arsênio pelo correio, revela Polícia Civil

De acordo com informações divulgadas pelo chefe da Polícia Civil, Fernando Sodré, a suspeita Deise Moura dos Anjos, investigada por supostamente envenenar um bolo com arsênio que causou a morte de três pessoas da família do marido em Torres (RS), recebeu a substância tóxica pelo correio. A confirmação surgiu durante uma entrevista à Rádio Gaúcha nesta terça-feira (28). A polícia descobriu a assinatura de Deise no comprovante de entrega de uma encomenda contendo arsênio, na qual ela constava como destinatária. Informações fornecidas pelos Correios corroboraram a conexão com a suspeita. Segundo o delegado, a investigação baseou-se em pesquisas pela internet realizadas por Deise, que incluíam termos como "arsênio veneno", "arsênico veneno" e "veneno que mata humano".

Após a descoberta feita no início do mês em relação às pesquisas online realizadas pela suspeita, os dados foram solicitados aos Correios, demonstrando o envolvimento de Deise na aquisição do produto. O delegado reforçou a segurança nas evidências coletadas, afirmando que as informações obtidas de dispositivos eletrônicos e de internet apontam Deise como autora do ato criminoso que resultou em três mortes. A corporação requereu, na segunda-feira (27), a prorrogação da prisão temporária de Deise por mais 30 dias, destacando que a liberdade dela poderia comprometer a coleta de provas.

A suspeita principal dos envenenamentos seria a sogra de Deise, Zeli dos Anjos, que recebeu um bolo com farinha envenenada por arsênio, preparado por ela mesma. Apesar de ter consumido duas fatias do doce, Zeli sobreviveu. O sogro de Deise, que faleceu em setembro do ano anterior por envenenamento, também é alvo das investigações. O delegado relata que o motivo por trás dos envenenamentos estava relacionado a uma disputa familiar. As investigações apontam que tanto Zeli quanto o marido de Deise, Diego Silva dos Anjos, não estão mais sob suspeita no caso.