Brasil retira embaixador em Israel
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou nesta terça-feira (28) o embaixador Frederico Meyer como representante do país na Conferência de Desarmamento da ONU. Meyer chefiava a embaixada brasileira em Israel, apesar de ter sido convocado de volta em fevereiro deste ano após a intensificação do conflito diplomático entre os dois países.
Lula, conhecido por sua postura crítica em relação às ações de Israel, fez então declarações acusando o governo israelense de "genocídio" e comparando sua campanha militar na Faixa de Gaza a atos cometidos por Hitler. Essas declarações foram recebidas com indignação por Israel, que declarou Lula "persona non grata" e convocou Meyer para uma reunião no centro memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém.
A retirada do embaixador brasileiro foi interpretada como um ato de protesto e uma forma de pressionar Israel a rever suas políticas em relação ao conflito. Uma fonte diplomática enfatizou que a "humilhação" sofrida por Meyer, durante o incidente no Yad Vashem, tornou insustentável sua permanência no posto.
Com a saída de Meyer, o encarregado de negócios Fabio Farias assumirá temporariamente a representação brasileira em Israel. No entanto, a fonte diplomática sinalizou que não há previsão para a nomeação de um novo embaixador.
Segundo informações obtidas, a decisão de retirar o embaixador brasileiro em Israel foi uma resposta direta ao início da ofensiva israelense em Rafah. O bombardeio por Israel de um campo de refugiados na cidade deixou 45 civis palestinos mortos. Relatórios indicam que mais de 36 mil pessoas, em sua maioria civis, perderam suas vidas desde o início dos confrontos. A fonte enfatiza que a continuidade dos ataques por parte de Israel não favorece o diálogo e a busca por uma solução pacífica.