Dilma ressalta importância de preservar memória e verdade sobre o golpe de 1964
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A ex-presidente Dilma Rousseff utilizou as redes sociais neste domingo, 31, para reforçar a relevância de se manter viva a "memória e a verdade histórica" sobre o golpe de 1964. Em meio aos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a atos que recordem a data, com o objetivo de evitar tensões com as Forças Armadas, Dilma ressaltou que preservar essa memória é fundamental para evitar que essa tragédia se repita.
Em uma comparação entre o golpe militar de 1964 e o ataque do bolsonarismo aos três poderes no dia 8 de janeiro de 2023, Dilma afirmou que "a História não apaga os sinais de traição à democracia e nem limpa da consciência nacional os atos de perversidade". Dilma, que atualmente preside o banco do Brics, foi vítima da repressão a grupos de esquerda, sendo presa em 1970, torturada e sofrendo sequelas físicas.
Dilma, libertada no final de 1972, aos 25 anos de idade, pediu em sua mensagem deste domingo: "Ditadura nunca mais!". A bancada do PT na Câmara também se posicionou sobre o assunto, solicitando através de uma nota a recriação imediata da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que atuou durante os governos de Lula e Dilma Rousseff.
O documento, assinado pelo líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), destaca a importância de relembrar e repudiar o golpe "em nome da justiça, da memória e da verdade". Os deputados mencionam ainda a invasão das sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023, lamentando que parcelas da sociedade ainda sintam nostalgia pelo regime militar.
Com essa manifestação, Dilma Rousseff ressalta a necessidade de manter viva a memória desse acontecimento histórico, a fim de garantir que os erros do passado não se repitam e que a democracia seja fortalecida no país.