Eduardo Bolsonaro e Marcos do Val são processados por delegados da PF
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A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) decidiu entrar com processos judiciais contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por ataques à instituição. A denúncia foi feita após publicações nas redes sociais que incitam à violência contra um delegado que investiga casos ligados a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Até o momento, Do Val e Eduardo não responderam às acusações.
A ADPF realizará dois processos separados. Marcos do Val será alvo de uma denúncia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) e também na própria Polícia Federal, por incitar o crime. Em uma postagem nas redes sociais, Do Val compartilhou uma foto do delegado Fábio Alvarez Shor com a legenda "procurado", insinuando que o delegado seria um criminoso.
Os membros da ADPF também irão apresentar uma ação conjunta contra Eduardo Bolsonaro, tanto na União quanto nos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado. A ação é motivada pelas declarações do deputado contra o delegado Fábio Alvarez Shor e contra toda a Polícia Federal. As representações nos conselhos serão protocoladas ainda esta semana.
Fábio Alvarez Shor é responsável por conduzir investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Entre os casos investigados estão os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro e as tentativas de golpe de Estado. Ambas as investigações envolvem aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em comunicado, a ADPF enfatizou que a imunidade parlamentar não autoriza a propagação de acusações infundadas e ofensas que visam constranger um delegado que atua de acordo com o dever legal. A entidade ressalta o trabalho técnico e independente realizado pela Polícia Federal.
Na semana passada, Marcos do Val foi um dos alvos da Operação Disque 100, deflagrada pela Polícia Federal. O senador foi acusado de corrupção de menores e, mesmo contexto da investigação, do Val teve decretado o bloqueio de suas redes sociais e de até R$ 50 milhões que estavam em suas contas.
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