Em pronunciamento, Haddad fala sobre o PIB e os efeitos das queimadas na inflação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou nesta quarta-feira (11) sua preocupação com a inflação, que está sendo influenciada pelas condições climáticas adversas e seus impactos nos preços dos alimentos e energia. Haddad ressalta que a solução para esse problema não está nos juros, contrariando a expectativa de retomada do ciclo de aperto monetário.

Durante seu pronunciamento, Haddad destacou o acompanhamento atento por parte do governo sobre a evolução da situação climática, uma vez que o clima tem impactado diretamente nos custos dos alimentos e, possivelmente, nos preços de energia. No entanto, o ministro argumentou que essa inflação decorrente desses fenômenos não pode ser controlada apenas por meio da taxa de juros.

Em relação à próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, agendada para os dias 17 e 18, Haddad afirmou que o Banco Central possui uma equipe técnica sólida para tomar a melhor decisão e que aguardará a definição da taxa básica de juros (Selic) na próxima semana.

Haddad também ressaltou a preocupação do governo com as queimadas, afirmando que a maioria delas ocorre em propriedades privadas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia se comprometido a criar uma autoridade climática no país. O ministro alertou para os danos que podem ser causados ao meio ambiente se ações humanas prejudiciais forem aceleradas, destacando que isso resultaria em ainda mais prejuízo do que o já causado pela crise climática.

Em relação à atividade econômica, Haddad prevê uma revisão positiva para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país, superando a estimativa oficial de 2,5% até julho. O ministro ressalta que os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram um crescimento de 1,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação com os primeiros três meses do ano.

Com base nesses resultados otimistas, Haddad projeta um crescimento do PIB acima de 3%, destacando a força da atividade econômica atual. Ele ressalta que a divulgação da nova projeção do PIB e suas consequências na arrecadação devem ocorrer ainda nesta semana, indicando um possível aumento superior ao esperado.

O pronunciamento do ministro Haddad reflete a preocupação do governo em lidar com os desafios econômicos e ambientais que o país enfrenta. A atenção à inflação, às queimadas e à atividade econômica é fundamental para garantir o crescimento sustentável e a estabilidade do Brasil.