Esquema de desvio de verbas por deputados do PL incluía venda de emendas e ameaças armadas
![publisherLogo](https://timnews.com.br/system/media_partners/image_1x1s/4447/thumb/Logo_quadrado.png)
ICARO Media Group TITAN
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
Um relatório da Polícia Federal revelou detalhes de um suposto esquema de comercialização de emendas parlamentares indicadas por três deputados do PL ao município de São José de Ribamar, no Maranhão. A investigação teve início em novembro de 2020, após o então prefeito da cidade maranhense, Eudes Sampaio, denunciar um esquema de desvio de recursos federais. Segundo a PF, a organização criminosa estava envolvida na exigência, mediante ameaças armadas, da devolução de 25% dos valores das emendas destinadas à cidade. No total, três emendas que somam R$ 6,7 milhões estão sob investigação, dos quais R$ 1,6 milhão foi exigido do gestor do município como contrapartida pelo grupo criminoso.
De acordo com as informações obtidas, os deputados envolvidos no esquema são Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE). A Polícia Federal apurou que a organização criminosa contava com a participação de lobistas e de um agiota, identificado como Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como "Pacovan". Os parlamentares pegavam dinheiro emprestado com o agiota e direcionavam emendas parlamentares para a saúde de São José de Ribamar. Quando os recursos federais chegavam à prefeitura, o grupo criminoso ameaçava o prefeito para que parte do dinheiro fosse devolvido, desviando assim os recursos que deveriam ser exclusivamente destinados à área da saúde municipal.
A PF descreveu a participação de cada deputado na organização criminosa, apontando que Josimar Maranhãozinho era o líder do esquema e que o grupo fazia ameaças com armas para obter ilegalmente o dinheiro proveniente das emendas parlamentares. A denúncia da Procuradoria-Geral da República contra os deputados do PL está prevista para ser julgada no dia 25 de fevereiro pelo Supremo Tribunal Federal, sendo o relator o ministro Cristiano Zanin. Eudes Sampaio, ex-prefeito de São José de Ribamar, denunciou o esquema, afirmando ter sido extorquido e alvo de ameaças pelo grupo criminoso, que também teria intimidado seus familiares. A Justiça Federal determinou a prisão do agiota e outros integrantes da quadrilha que não são deputados.
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)