Home
Notícias
Estudo revela estratégia do SUS que usa WhatsApp para combater depressão em idosos
Notícias

Estudo revela estratégia do SUS que usa WhatsApp para combater depressão em idosos

publisherLogo
ICARO Media Group TITAN
03/06/2024 16h26
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16240615/original/open-uri20240603-105-ypvihl?1717436721
©bing.com - bundabergnow.com
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Um estudo realizado com base em dados da cidade de Guarulhos mostrou que o aplicativo de mensagens WhatsApp pode ter resultados promissores no combate à solidão e na melhoria dos quadros de depressão em idosos com mais de 60 anos. A pesquisa foi publicada na renomada revista internacional, Nature Medicine, com o título:  "Intervenção móvel de mensagens de autoajuda para a depressão em adultos mais velhos em contextos com recursos limitados: um ensaio clínico randomizado controlado".

O estudo contou com a liderança da professora Marcia Scazufca, da pós-graduação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pesquisadora científica no Hospital das Clínicas de São Paulo. Para a realização do ensaio clínico, a pesquisa recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Ao todo, 603 idosos participaram do estudo, com idade média de 65 anos, todos registrados em uma das 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do SUS em Guarulhos. Os participantes apresentavam sintomas de depressão e foram selecionados por meio do Questionário de Saúde do Paciente-9 (PHQ-9), uma ferramenta reconhecida e validada para mensurar a presença e a gravidade dos sintomas depressivos.

Do total de participantes, 74,8% eram mulheres e 25,2% eram homens. Entre eles, 527 (87,4%) prosseguiram com a avaliação. Os idosos foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um grupo de intervenção, com 298 pessoas, e um grupo de controle, com 309 pessoas.

No grupo de intervenção, os idosos receberam duas mensagens diárias pelo aplicativo do programa Viva a Vida, durante quatro dias por semana, ao longo de um mês e meio. Já o grupo de controle recebeu uma mensagem educativa durante o mesmo período. Ambos grupos não contaram com o suporte de profissionais de saúde. A pesquisa levou em consideração o baixo índice de letramento digital da população idosa de baixa renda. Assim, as mensagens enviadas aos participantes do estudo não eram um texto, mas foram adaptadas com inspiração em programas de rádio populares para ser de fácil compreensão e consistiam em imagens ou mensagens de voz de até três minutos.

As mensagens compartilhavam histórias de vida e sintomas de depressão de personagens fictícios, como forma de promover um ambiente acolhedor e empático. O estudo revelou que 42,4% dos idosos que receberam as mensagens de WhatsApp apresentaram melhora nos sintomas da depressão, em comparação com 32,2% do grupo que recebeu visitas presenciais.

A pesquisadora Marcia Scazufca destaca a importância dessa intervenção por meio do WhatsApp, considerando seu baixo custo e potencial de alcance. Ela ressalta que mesmo uma pequena diferença de pouco mais de 10 pontos na melhora dos sintomas pode significar milhões de pessoas beneficiadas pelo programa "Viva a Vida".

Os resultados são particularmente relevantes para países com recursos limitados voltados para a saúde mental da população idosa, uma vez que a taxa de envelhecimento vem crescendo rapidamente. A pesquisa brasileira destaca que estratégias digitais, como essa intervenção por mensagens móveis, podem ter efeitos positivos no tratamento da depressão e ansiedade melhorando a qualidade de vida dos idosos, sem representar gastos significativos para o sistema de saúde.

 

Este artigo foi criado por humanos via ferramenta de Inteligência Artificial e não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também