Fiocruz alerta para meningite transmitida por caramujo africano após morte
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um comunicado de alerta após a confirmação de um caso fatal de meningite eosinofílica, causada pela ingestão de caramujos contaminados. Não era registrado um caso de meningite pelo caramujo no Rio de Janeiro desde 2014. Pesquisas da Fiocruz indicam a presença do parasita em 14 estados brasileiros.
O incidente, ocorrido em abril, desencadeou uma investigação epidemiológica no município de Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A Fiocruz, por meio do Laboratório de Malacologia, especializado no estudo de moluscos, iniciou a coleta de espécimes na área onde o paciente contraiu a doença. Dos 22 caramujos examinados, um exemplar da espécie Pomacea maculata estava infectado pelo verme Angiostrongylus cantonensis, o agente causador da meningite eosinofílica.
O ciclo do parasita envolve hospedeiros como roedores, que abrigam formas adultas do verme. As larvas, eliminadas nas fezes dos mamíferos, são ingeridas por caramujos, onde se desenvolvem até se tornarem infectantes para vertebrados.
Os sintomas mais comuns incluem dor de cabeça intensa, enquanto sinais como rigidez de nuca e febre são menos frequentes. A detecção precoce é fundamental para evitar complicações graves. A Fiocruz enfatiza a importância do diagnóstico e tratamento corretos, além de evitar a ingestão de caramujos crus ou malcozidos como medida preventiva, principalmente sem saber a procedência do molusco terrestre.
