François Bayrou assume como primeiro-ministro da França

Bayrou, que atuou como ministro da Educação nos anos 1990, agora terá como primeira tarefa aprovar um orçamento para o ano de 2025. Seu antecessor, Michel Barnier, foi destituído juntamente com seu governo, em um movimento inédito no parlamento francês desde 1962.

Bayrou, aos 73 anos, é considerado um político de carreira e um defensor do centrismo, posição que ocupava até a ascensão de Emmanuel Macron em 2017. Agora como primeiro-ministro, Bayrou terá que nomear um novo governo e enfrentar a oposição de partidos de extrema-direita e de esquerda. Sua habilidade em unir diferentes correntes políticas será posta à prova durante o processo de aprovação do orçamento para o próximo ano.

Apesar do apoio interpartidário à legislação de emergência para garantir o financiamento governamental, Bayrou precisará lidar com a resistência dos legisladores em relação ao projeto de lei orçamentária de 2025. Caso opte por usar poderes constitucionais especiais para aprovar o orçamento sem votação parlamentar, corre o risco de enfrentar oposição de líderes de esquerda que ameaçam derrubá-lo, seguindo o mesmo caminho de seu antecessor.

A agência de classificação Moody's cortou a nota de crédito da França em um nível, citando a queda do governo Barnier como um obstáculo para a melhoria das finanças públicas francesas. Durante sua posse, Bayrou reafirmou a preocupação com a crescente dívida do país, a chamando de um "problema moral" além de financeiro. A habilidade do novo primeiro-ministro em lidar com os desafios políticos e econômicos que se apresentam será crucial para a estabilidade do governo e do país.

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